O Ariane 5 realizou com sucesso o último voo de sua gloriosa carreira nesta quarta-feira (5). Durante 27 anos o foguete foi um dos principais lançadores de satélite da Europa e agora finalmente vai ser substituído.
A missão lançada durante a noite diretamente do espaçoporto europeu em Kourou, na Guiana Francesa, levou dois satélites de comunicação, o Heinrich-Hertz e o Syracuse 4B, ambos financiados pelo governo francês e construídos pela Airbus.
Como foi o voo? A decolagem orbital de número 117º do Ariane 5 ocorreu por volta das 19h (horário de Brasília), após cerca de 2,5 minutos de voo os propulsores de foguete se separaram do estágio central, que seguiu queimando em direção à órbita.
O estágio central desligou cerca de nove minutos após a decolagem, e o estágio superior se separou e começou sua própria queima. Depois de meia-hora o primeiro satélite foi lançado e cerca de três minutos depois a segunda carga também estava no espaço.
A Arianespace comemorou o voo bem sucedido e a aposentadoria de seu fiel foguete. “O Ariane 5 terminou perfeitamente seu trabalho”, disse Stéphane Israël, CEO da Arianespace, empresa com sede na França que operava o foguete. “É realmente agora um lançador lendário”, completou ainda.
O Ariane 5 deixa para trás um legado incrível de proeza técnica e confiabilidade. Durante sua vida operacional, o Ariane 5 tem sido um grande trunfo para a Europa para garantir seu acesso autônomo ao espaço
Agência Espacial Europeia (ESA) ao Space.com
Ariane 5 agora tem um sucessor
O Ariane 5 estreou em 1996 e passou por várias atualizações ao longo dos anos. Atualmente essa já é a quinta configuração do foguete. Das 117 missões do Ariane 5 e 239 cargas entregues em órbita, o veículo de lançamento teve uma taxa de sucesso de 96%, de acordo com a ESA. Ele esteve envolvido em lançamentos como as sondas Rosetta, BepiColombo e Juice, além de diversos satélites de comunicação e até o Telescópio Espacial James Webb.
Agora, o lendário lançador será substituído por seu sucessor, o Ariane 6. “O Ariane 6 é um novo sistema de lançamento, que será mais flexível, econômico e atenderá a mais tipos de lançamentos em comparação com o Ariane 5”, completou a ESA.
Fonte: Olhar Digital
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