Nas últimas semanas a Terra bateu uma série de recordes climáticos em todo o mundo. Mas por que isso tem acontecido recentemente?

Em 4 de julho, a Organização Meteorológica Mundial disse que o El Niño havia começado. Com o início do fenômeno de aquecimento climático, governos devem ficar preparados para enfrentar eventos climáticos mais extremos que devem bater mais recordes de temperatura nos próximos meses.

Além do efeito aditivo do El Nino, que eleva as temperaturas a níveis recorde, o fenômeno provoca uma redução de aerossóis, pequenas partículas responsáveis por desviar a radiação solar recebida pela Terra. 

Esses fatores provavelmente influenciam nos índices recorde de calor na atmosfera e nos oceanos, conforme divulgou a IFL Science. 

“Este não é um marco que deveríamos comemorar, é uma sentença de morte para pessoas e ecossistemas”, disse Friederike Otto, palestrante sênior do Grantham Institute for Climate Change and the Environment à Bloomberg.

“É preocupante, não será o dia mais quente por muito tempo”, a preocupação do especialista é com o El Niño, que deve quebrar ainda mais recordes de temperatura no globo durante o ano.

Ilustração do fenômeno climático El Niño no mapa mundi
Fenômenos como El Niño podem contribuir com variações temporárias da temperatura média global (Imagem: Divulgação)

El Niño distribuí o calor dos oceanos para a atmosfera 

“El Niño é basicamente uma mudança na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, o que faz com que a água quente encontrada na parte ocidental do Oceano Pacífico se mova para a região central e oriental do Pacífico”, explica Ángel Adames Corraliza, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Wisconsin, nos EUA, à BBC News.

Com informações de IFL Science.

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