Sexta-feira, Setembro 20, 2024
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Novo medicamento que retarda o avanço do Alzheimer está prestes a ser aprovado nos EUA

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FDA deve conceder aprovação completa para o medicamento lecanemab, que retarda o avanço do Alzheimer

A agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, está prestes a conceder aprovação completa para o remédio lecanemab, também conhecido como Leqembi. Desenvolvido pelas farmacêuticas Biogen e Eisai, o medicamento mostrou-se eficaz na desaceleração do avanço do Alzheimer em pacientes diagnosticados precocemente com a doença.

Durante os estudos científicos da fase 3 da medicação, os pesquisadores observaram uma redução de 27% no declínio cognitivo dos pacientes. Os testes tiveram a duração de 18 meses e contaram com a participação de 1,7 mil voluntários.

O lecanemab atua no cérebro eliminando o acúmulo de placas amiloides, associadas aos problemas cognitivos.

Em janeiro deste ano, a FDA aprovou o uso do medicamento contra o Alzheimer por meio de um processo de análise acelerada. No entanto, empresas de planos de saúde questionaram essa decisão, solicitando uma avaliação mais abrangente sobre o fármaco.

Como o medicamento funciona?

O lecanemab é administrado por infusão intravenosa e consiste em um tipo de anticorpo sintético capaz de realizar uma “limpeza” das placas que se formam no cérebro. Essas placas são compostas pelo acúmulo das proteínas beta-amiloide, uma substância pegajosa associada à doença de Alzheimer. O uso de anticorpos sintéticos nesse medicamento faz parte dos avanços tecnológicos e seu emprego na medicina. Atualmente, já existem diversas terapias utilizando anticorpos sintéticos para pacientes com câncer em estágio avançado.

Quem poderá usar o remédio?

Caso seja aprovado definitivamente, o remédio poderá ser prescrito apenas para pacientes com estágios iniciais da doença de Alzheimer, ou seja, indivíduos com comprometimento cognitivo leve ou demência inicial. Será necessário um exame de imagem para confirmar a presença das placas beta-amiloide nos cérebros dessas pessoas. A medicação poderá ser utilizada por cerca de um sexto dos mais de 6 milhões de norte-americanos atualmente diagnosticados com Alzheimer. No entanto, o uso do lecanemab para um número maior de pacientes no futuro não está descartado, de acordo com Lawrence Honig, professor de neurologia da Universidade Columbia: “Não temos certeza se não é benéfico para pessoas com doença moderada ou grave. Simplesmente não sabemos”.

Efeitos adversos e valor

Os pacientes que fizerem uso do medicamento deverão ser regularmente monitorados por exames de imagem para avaliar a segurança do medicamento no cérebro. Durante os estudos clínicos, foi observado que 13% dos participantes apresentaram inchaço ou sangramento cerebral (hemorragias). As farmacêuticas ainda não iniciaram o processo de aprovação do medicamento contra o Alzheimer no Brasil e não há previsão oficial para que isso ocorra. Nos Estados Unidos, o tratamento com Leqembi terá um custo aproximado de US$ 26.500, equivalente a R$ 130 mil.

Com informações da CBS.

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