Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Autenticação por voz: IA consegue enganar segurança bancária

Inteligência Artificial Usando Voz para se Comunicar

Uma nova técnica desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Waterloo, na Bélgica, mostra que sistemas de autenticação por voz são vulneráveis a ataques de inteligência artificial. Segundo o estudo, a nova técnica é capaz de ultrapassar esses sistemas em 99% dos casos.

Os sistemas de autenticação vocal, que são menos usados no Brasil, mas comuns nos Estados Unidos e Europa, funcionam com perfis criados a partir da voz dos clientes. Uma gravação no momento do acesso é comparada com a identidade armazenada nos servidores, em busca de similaridades e sinais de manipulação ou sintetização que distinguem uma amostra artificial da real.

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A técnica desenvolvida pela equipe da Universidade de Waterloo se concentra na remoção dos marcadores usuais de uma voz gerada a partir de IA. Com o uso de softwares capazes de reconhecer esses marcadores e sinais usuais de deepfakes, os pesquisadores criaram áudios praticamente sem falhas.

Após um máximo de seis tentativas, a taxa de sucesso do ataque foi de 99%. Esse limite costuma ser usado pelos bancos para bloquear o acesso em caso de falta de correspondência com a biometria vocal armazenada. As vozes editadas foram geradas a partir de um sintetizador com tecnologias de inteligência artificial também usadas para a criação de deepfakes.

Os especialistas alertam para a insegurança da autenticação vocal e recomendam o uso de outros métodos de verificação, como aplicativos para celular, biometria facial ou impressão digital. Essas alternativas são consideradas mais seguras para atividades sensíveis, como operações financeiras.

O estudo da Universidade de Waterloo mostra ainda que o método desenvolvido pode superar até mesmo as barreiras mais recentes implementadas pelas instituições financeiras após pesquisas e métodos divulgados no início do ano. A possibilidade de fraudes envolvendo operações financeiras não autorizadas e transferências indevidas se torna um risco real.

Com informações da Universidade de Waterloo

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Fonte: Olhar Digital

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