Por Mario Laffitte, vice-presidente de Public Affairs e B2B da Samsung Latin America

A casa conectada é uma visão futurista que impressiona as pessoas ao redor do mundo. No entanto, junto com a comodidade de ter o controle inteligente da sua casa na palma da mão pelo smartphone, também existe um vilão conhecido: as vulnerabilidades de segurança que colocam os usuários em risco.

Em uma casa inteligente, há uma variedade de dispositivos e eletrodomésticos que, uma vez conectados à internet sem a devida proteção, colocam em perigo a integridade dos equipamentos e a segurança de dados. A presença de mais de 14 bilhões de dispositivos conectados no mercado comprova a magnitude desse cenário.

Mas devemos mesmo nos preocupar que o sistema de som da sala de casa ou outro eletrodoméstico inofensivo vaze nossos dados bancários? Se considerarmos que a Internet das Coisas (IoT) transforma diversos dispositivos em inteligentes, permitindo que eles se comuniquem entre si e atuem de forma integrada, então sim, devemos nos preocupar com a segurança de todos os nossos eletrodomésticos, pois cada dispositivo conectado pode ser uma porta aberta.

E não para por aí: nem precisamos mais clicar em links duvidosos ou nos preocupar com e-mails indesejados que teimam em aparecer em nossa caixa de entrada. Ameaças como os “ataques de clique zero” ou “ataques sem cliques” já são uma realidade.

Casa conectada
Com uma casa inteligente, você tem vários comandos na palma da mão. (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Esse tipo de malware nocivo não requer nenhuma forma de “colaboração” por parte da vítima, pois alguns deles são ataques totalmente remotos que não exigem interação. Sua engenharia explora falhas de segurança aproveitando uma vulnerabilidade na verificação de dados para entrar no dispositivo sem a necessidade de download, clique, ativação ou qualquer outra ação por parte do usuário.

Basta receber uma imagem de um contato desconhecido por meio de um aplicativo de mensagens, por exemplo. Imediatamente, seu dispositivo pode se tornar uma porta de entrada para uma invasão total de privacidade.

E o futuro?

De acordo com a conclusão de um estudo de risco IoT realizado pela Gartner, “os ataques baseados em IoT já são uma realidade, mas a maioria dos departamentos de segurança da informação está apenas começando a pensar em como gerenciar riscos”.

Transpondo esse cenário para o interior de uma casa conectada, teríamos todo um ecossistema comprometido e à mercê de criminosos mal-intencionados, desde a sala até o quarto, passando pela televisão e pelas câmeras de segurança.

Atender a essa nova necessidade, ou seja, oferecer tranquilidade aos usuários enquanto desfrutam das comodidades de uma casa conectada, é uma demanda urgente na indústria de tecnologia e representa o próximo passo em termos de inovação voltada para o bem-estar do consumidor.

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