um ano as primeiras imagens oficiais do James Webb foram reveladas. Desde então, o telescópio já realizou observações incríveis sobre o espaço, trazendo imagens com uma qualidade nunca antes vista. Isso, entretanto, ainda é só o começo do que esse lendário equipamento vai fazer nos próximos anos.

Para comemorar o primeiro aniversário das fotos oficiais do James Webb, o Olhar Digital listou algumas das observações mais impressionantes feitas pelo telescópio até aqui (spoiler, são registros incríveis).

Veja as fotos mais impressionantes do James Webb

As primeiras galáxias do Universo

Começando pela mais recente, essas imagens foram divulgadas essa semana como parte da Cosmic Evolution Early Release Science (Ceers).

O vídeo de tirar o fôlego mostra mais de 5 mil galáxias em cores deslumbrantes em 3D. Com uma verdadeira viagem pelo Universo, as imagens começam revelando galáxias próximas da Terra, mas termina mostrando algumas extremamente profundas, indo até os confins da do espaço.

Estrela mais distante conhecida no universo

O Telescópio Espacial James Webb registrou a estrela mais distante já encontrada até hoje, a Earendel, também conhecida como WHL0137-LS, localizada na constelação de Cetus.

A luz da Earendel demorou 12,9 bilhões de anos para chegar até a Terra, portanto, a quantidade de luminosidade que chega até o planeta é bem fraca, o que tornou a sua localização ainda mais desafiadora, tanto pelo James Webb quanto pelo telescópio Hubble, responsável por ter descoberto essa estrela no início deste ano.

Anel de Einstein “quase perfeito”

O telescópio fotografou um “quase perfeito” anel de Einstein, cuja luz viajou cerca de 12 bilhões de anos-luz para nos alcançar. A fotografia foi tirada na galáxia chamada SPT-S J041839-4751.8.

A imagem foi postada no Reddit pelo usuário Spaceguy44, estudante de astronomia. O usuário explica, na postagem, que, se não fosse por tal anel de Einstein, não seria possível ver a galáxia em questão. “E, com a presença dos anéis de Einstein, além de serem belos, nos permite estudar galáxias praticamente impossíveis de se ver.”

Anel de Einstein em SPT-S J041839-4751.8 aproximado (Imagem: JWST/MAST; Spaceguy44/Reddit)

Pilares da Criação 

O James Webb fez uma foto de tirar o fôlego dos Pilares da Criação, um aglomerado onde novas estrelas estão se formando em nuvens de gás e poeira. 

Essas colunas de gás, inclusive, surgem semitransparentes quando colocadas na luz infravermelha. “Quando nós com massa suficiente se formam dentro dos pilares de gás e poeira, eles começam a entrar em colapso sob sua própria gravidade, aquecendo lentamente e, eventualmente, formando novas estrelas”, disse a NASA.

O Telescópio Espacial Hubble da NASA tornou os Pilares da Criação famosos com sua primeira imagem em 1995, mas revisitou a cena em 2014 para revelar uma visão mais nítida e ampla na luz visível, mostrada acima à esquerda.  Uma nova visão de luz infravermelha próxima do Telescópio Espacial James Webb da NASA, à direita, nos ajuda a observar mais poeira nesta região de formação de estrelas. (Imagem: NASA)

Registro impressionante de galáxia superluminosa

Uma imagem do Telescópio Espacial James Webb mostrou uma galáxia superluminosa a 220 milhões de anos-luz da Terra. A galáxia espiral NGC 7469 possui aproximadamente 90 mil anos luz de diâmetro e está localizada na constelação de Pegasus. Além do seu brilho, ela chamou a atenção dos cientistas por possuir um núcleo galáctico ativo e um starburst muito próximos.

Essa galáxia já foi estudada anteriormente pelo Great Observatories All-sky LIRGs Survey (GOALS) que tem como objetivo entender a formação de estrela e o crescimento de buracos negros. 

Galáxia NGC 7469 [Imagem: ESA/Webb, NASA & CSA, L. Armus, AS Evans]

Exoplaneta com 99% do diâmetro da Terra

O James Webb registrou outro marco inaugural: a confirmação da descoberta de seu primeiro exoplaneta. Ele examinou 41 anos-luz no cosmos e encontrou um planeta na constelação de Octans com diâmetro de 99% do da própria Terra. Ele foi nomeado LHS 475 b.

Especificamente, uma equipe de astrônomos do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, liderada por Kevin Stevenson e Jacob Lustig-Yaeger, detectou pela primeira vez evidências do exoplaneta enquanto vasculhava os dados gerados pelo TESS da NASA.