O termo “Doomscrolling” vem do inglês e pode ser definido como o hábito de “rolar a tela” por notícias “ruins” ou negativos, como tragédias, por exemplo. Isto é, a prática de consumir notícias ruins excessivamente, rolando a tela para ler cada vez mais conteúdo do tipo. Esse costume pode se tornar algo vicioso e afeta o sistema fisiológico do cérebro, incentivando a produção de hormônios como cortisol e adrenalina, que após certo tempo, podem desencadear transtornos psiquiátricos (como ansiedade). A seguir, confira cinco dicas para evitar o Doomscrolling.
1. Navegue por browsers protegidos
Boa parte dos navegadores que utilizamos para acessar a internet oferecem uma experiência personalizada de anúncios e notícias. Isso significa que os algoritmos, escondidos nos códigos do browser, decoram que tipo de conteúdo mais acessamos e passam a indicar mídias baseadas nestes dados. Por isso, se você utiliza um navegador que usa e abusa dos seus dados de privacidade, como o Google Chrome, uma boa forma de parar o Doomscrolling é escolhendo um browser que não utiliza os seus dados.
Desta forma, um navegador com uma melhor experiência de privacidade não cultivaria o hábito de recomendar conteúdo, por exemplo, que se baseie no tipo de pesquisa que você realiza online. Assim, mesmo que você procure por uma notícia ruim, o software não vai utilizar o próprio código para recomendar mais notícias ruins.
2. Delimite o tempo de leitura
Algo que pode ajudar os viciados em notícias ruins é definir um tempo de leitura. Há diversas formas de fazer isso, dependendo de como você consome o conteúdo online. Por exemplo, se o problema é entrar em um aplicativo específico, então é possível baixar alguns apps no celular que delimitam o tempo de uso de outros sistemas (como os aplicativos de notícia) ou até entrar no setor de configurações do seu aplicativo e fazer essa delimitação de tempo manualmente.
Contudo, se o objetivo é parar de pesquisar no Google, então há duas alternativas. A primeira é utilizar o cronômetro do seu relógio e usar o buscador apenas enquanto o timer não apitar –– após esse período, seria preciso autocontrole para não praticar mais a leitura ruim. A segunda opção é gerenciar as configurações do Google Notícias: você pode entrar no app e desabilitar a função que permite a sugestão de notícias e exibição de notificações.
3. Diversifique a leitura
Embora seja importante informar-se sobre acontecimentos ruins –– dependendo do tipo de evento ––, é igualmente fundamental não focar apenas nisso. Assim, o ideal é alternar entre variados tipos de notícias, editorias, e até de jornais, o que pode garantir maior diversificação de leitura e desfoca o seu cérebro dos acontecimentos ruins.
4. Aplique filtros nos sistemas de notícias
Há diferentes serviços digitais que trabalham informando os internautas. Um dos mais famosos, com certeza, é o Google Notícias: um aplicativo útil que sugere publicações aos usuários mesmo que estes não tenham efetuado login.
Se você utilize um destes serviços de notícias, é indicado criar uma conta e gerenciar as configurações do software para o tipo de notícia que deseja receber. Isso porque alguns públicos tem maior interesse em nichos diversos, como tecnologia, mas por pura influência do navegador e dos algoritmos, acaba lendo muitas matérias fora da área que mais lhe interessa. E se o maior problema é o consumo excessivo de notícias ruins, nada mais importante do que aplicar filtros nas configurações do sistema de notícias que você utiliza: desta forma, a plataforma irá sugerir apenas o tipo de assunto que você aprecia ler (com exceção de coisas ruins).
5. Cuide da sua rotina
Talvez a principal dica desta lista seja aproveitar o tempo livre para se distrair com coisas positivas. Isso serve tanto para praticar um detox de tecnologia e dar uma pausa na TV e no celular; como se dedicar a atividades de lazer (dentro ou fora de casa). Então, procure diferentes passatempos para exercer, como jogar videogame, assistir a filmes e séries, brincar com seu pet, fazer atividade física ou conversar com os seus amigos.
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Fonte: Olhar Digital
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