Uma nova pesquisa realizada por especialistas em atividade física e saúde mental da Universidade de Limerick e do Trinity College Dublin trouxe boas notícias para os adeptos de atividades físicas diárias.

A depressão é, infelizmente, cada vez mais comum entre os idosos e apresenta fatores de risco significativos para doenças crônicas graves, incluindo declínio cognitivo, doenças cardiovasculares, dor crônica e aumento do risco de morte e suicídio.

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A depressão é cada vez mais comum entre idosos. Imagem: mrmohock / Shutterstock.com

A depressão causa mais de 5% a 10% da carga de todas as doenças na Europa, e o custo econômico apenas nos Estados Unidos é estimado em mais de US$ 210,5 bilhões. Identificar soluções de saúde e estilo de vida potencialmente simples e de baixo custo que possam reduzir o risco de depressão continua sendo uma prioridade máxima.

Depressão e atividade física

Pesquisas recentes mostraram que a atividade física moderada a vigorosa (MVPA, na sigla em inglês) está associada a benefícios para a depressão.

Entretanto, como afirma o Dr. Eamon Laird, autor principal do artigo e pesquisador pós-doutorado no Departamento de Educação Física e Ciências do Esporte na UL, não há consenso sobre o nível de atividade física necessária para proteger os indivíduos da depressão, ou variações para adultos com doenças.

Para o trabalho em questão, Laird afirma que foram utilizados 10 anos de dados do Estudo Longitudinal Irlandês sobre Envelhecimento, que incluía informações sobre depressão, MVPA e outras variáveis relacionadas à saúde, como doenças, fatores de estilo de vida e status socioeconômico.

Buscamos identificar a menor dose de MVPA associada à proteção contra a depressão grave e os sintomas depressivos, e em que medida isso variava com a presença de doenças crônicas.

Dr. Eamon Laird

As principais descobertas do estudo incluem:

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Imagem: Tom Wang / Shutterstock.com

Segundo o Dr. Laird, o estudo é muito relevante dada a alta prevalência de depressão na crescente população idosa. O estudo afirma que a atividade física em doses menores do que as recomendações da Organização Mundial da Saúde para a saúde em geral pode oferecer proteção contra sintomas depressivos e depressão grave.

Tente incorporá-la a uma rotina com hobbies ou atividades que você goste e tente fazê-la com outras pessoas, pois as interações sociais, especialmente com atividades, também podem trazer benefícios para a saúde mental. Lembre-se de que é apenas um componente e que a nutrição e um estilo de vida saudável também oferecerão benefícios adicionais além da atividade física.

Dr. Eamon Laird

O Dr. Matthew Herring, professor sênior e pesquisador do Centro de Pesquisa em Atividade Física para a Saúde da UL e investigador principal desta pesquisa, acrescentou:

As descobertas atuais têm implicações significativas ao destacar que benefícios antidepressivos significativos parecem estar associados a doses de atividade física inferiores às recomendações atuais da Organização Mundial da Saúde para a saúde geral, embora doses maiores tenham sido associadas a uma proteção mais forte.

Dr. Matthew Herring

Ele reforça, ainda, que o grupo não defende uma redução na atividade física entre a população idosa. Por outro lado, Herring diz que os resultados sugerem que as maiores melhorias na proteção contra a depressão entre os idosos podem ser obtidas envolvendo aqueles que são fisicamente inativos em atividades físicas, mesmo em doses abaixo das recomendadas para a saúde geral.

Com informações de Medical Xpress.