A deputada estadual de São Paulo, Letícia Aguiar (PP), classificou o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, anunciada na terça-feira, 11, pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como um “desrespeito à vontade popular”. Em entrevista na manhã deste sábado, 15, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, a parlamentar defendeu a modalidade de ensino no Brasil. Letícia Aguiar também elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por assegurar, um dia depois do anúncio do fim do programa, que aumentará o programa de escolas cívico-militares no Estado e criará uma iniciativa própria. “Números demonstram que colégios públicos militares dão certo porque tem disciplina, meritocracia, você ensina os jovens a terem patriotismo, a respeitar o professor em sala de aula, que toda ação tem uma reação (…). Espero que o meu projeto [de ter escolas cívico-militares no Estados] sirva de base para o governador lançar esse programa estadual e também que seja de referência para outros Estados”, comentou.
Na terça-feira, 11, o Ministério da Educação (MEC) enviou ofício às Secretarias de Educação para comunicar o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, um dos principais projetos da gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O programa será encerrado até o final deste ano letivo, em comum acordo entre os ministérios da Educação e Defesa. Desde já, haverá um processo de desligamento gradual de profissionais vinculados às Forças Armadas envolvidos ou lotados nas escolas militares. O governo chama de “normalização” o processo a ser desenvolvido pelo grupo. Apesar disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quinta-feira, 13, que os alunos de escolas cívico-militares não serão prejudicados com o fim do programa. Atualmente, há cerca de 200 escolas no país que adotam o modelo, que tem gestão compartilhada entre as pastas da Educação e Segurança Pública, além da consonância com a Defesa. Como mostrou o site da Jovem Pan, até esta sexta-feira, 14, ao menos 21 Estados e o Distrito Federal já anunciaram que deverão manter o funcionamento das instituições de ensino da modalidade.
Fonte: Jovem Pan News
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