Ao longo da história do cinema, inúmeros filmes foram lançados e, por diversas razões, não receberam o reconhecimento merecido. Essas obras-primas esquecidas aguardam ansiosamente para serem redescobertas pelo público. A seguir, destacamos 10 filmes injustiçados que merecem uma nova chance.

Lista de filmes

Força Sinistra

Imagem do filme “Força Sinistra” (“Lifeforce”, 1985) / Credito: Cannon Films (divulgação)

Em seu lançamento, o horror cósmico “Força Sinistra” foi considerado “bobo”, “estranho” e “ridículo” pelos críticos.

 A classificação da ficção científica no Rotten Tomatoes é negativa, com 58%. 

Porém, ao longo do tempo, o filme ganhou status cult devido ao espetáculo visual de Tobe Hooper, apresentando um horror impactante e imersivo, sem amarras e sem medo de explorar o gore, a violência e os desejos mais primitivos e destrutivos do ser humano.

Enigma do Poder

Imagem do filme “Enigma do Poder” (“New Rose Hotel”, 1998) / Credito: Pressman Film (divulgação)

Lançado em 1998, o suspense/ficção científica “Enigma do Poder” recebeu críticas predominantemente negativas na época e não foi bem recebido pelo público. 

A principal queixa foi direcionada ao enredo “confuso” e “sem sentido”. A classificação do filme no site Rotten Tomatoes é de apenas 24%. 

Contudo, nos últimos anos, o filme ganhou popularidade entre os cinéfilos devido a sua atmosfera sedutora, o espetacular trabalho de montagem, a direção irretocável de Abel Ferrara e o retrato profético sobre o impacto das mídias e tecnologia em nossa percepção da realidade.

Missão: Marte

Imagem do filme “Missão: Marte” (“Mission to Mars”, 2000) / Credito: Buena Vista Pictures Distribution (divulgação)

“Missão: Marte” não foi bem recebido pela crítica, que o considerou lento, brega e com um roteiro fraco. 

Sua classificação no Rotten Tomatoes é de 24% de aprovação dos críticos. 

No entanto, o filme conta com a sempre impecável direção de Brian de Palma e é uma exuberante jornada de ficção científica que foge do cinismo de maneira elegante e mística.

Pequenos Guerreiros

Imagem do filme “Pequenos Guerreiros” (“Small Soldiers”, 1998) / Credito: Universal Pictures (divulgação)

O consenso entre o público e a crítica é de que “Pequenos Guerreiros”, dirigido por Joe Dante, é ruim e um tanto inapropriado para crianças

O longa possui uma aprovação negativa de 48% no Rotten Tomatoes. 

Todavia, além de nostálgico, o longa-metragem é uma jóia preciosa, repleta de diálogos hilários e uma satira irreverente ao capitalista, à publicidade infantil e ao militarismo americano.

Miami Vice

Imagem do filme “Miami Vice” (2006) / Credito: United International Pictures (divulgação)

No geral, a adaptação da série de tv policial “Miami Vice” teve uma recepção fraca do público e da crítica.

O longa conta com baixíssimos 47% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Mas, com o passar dos anos, o filme do diretor Michael Mann vem sendo cada vez mais apreciado devido à sua estética digital seminal.

Showgirls

Imagem do filme “Showgirls” (1995) / Credito: Metro-Goldwyn-Mayer (divulgação)

Em seu lançamento, “Showgirls”, de Paul Verhoeven, foi ridicularizado pela maioria da crítica, que condenaram erotismo e as cenas de sexo, assim como as atuações e diálogos, classificando o filme como “misógino”, “desprezível” e de “mau gosto”. 

Apesar disso, ao longo dos anos, o filme passou a ser apreciado de forma irônica como um daqueles “filmes tão ruins que se tornam bons”.

Entretanto, ambas as visões são injustas. Com uma direção primorosa, “Showgirls” é uma contundente sátira ao show business americano, evitando moralismos simplistas. 

Vidro

Samuel L. Jackson, James MacVoy e Bruce Willis em Vidro / Crédito: Blumhouse Productions (divulgação)

“Vidro”, de M. Night Shyamalan, gerou bastante ansiedade no público após a surpreendente cena pós-crédito do filme antecessor, o bem-sucedido “Fragmentado“, que anunciava que a nova sequência também teria ligação com o já clássico “Corpo Fechado”, formando um universo compartilhado de super-heróis. 

Contudo, o longa decepcionou grande parte da plateia, pois não atendeu às expectativas geradas por um público que esperava mais um filme de herói com universo compartilhado no estilo Marvel. Na verdade, Shyamalan fez um filme ousado e primoroso de super-heróis que vai na contramão da produção contemporânea.

Na Trilha do Sol

Imagem do filme “Na Trilha do Sol” (“The Sunchaser”, 1996) / Credito: Warner Bros. (divulgação)

O último filme do grande diretor Michael Cimino, que teve um começo de carreira avassalador – inclusive ganhando o Oscar de melhor diretor por “O Franco-Atirador” – é bastante subestimado. 

O enredo de “Na Trilha do Sol”, drama lançado em 1996, foi considerado “risível”, “caricato” e “inconsistente” pela crítica especializada. 

Mas, na verdade, o filme conta uma bela jornada de redenção de dois personagens aparentemente opostos, filmados de forma arquitetonicamente primorosa por Cimino.

Um Romance Muito Perigoso

Imagem do filme “Um Romance Muito Perigoso” (“Into the Night”, 1985) / Credito: Universal Pictures (divulgação)

“Um Romance Muito Perigoso”, dirigido por John Landis, é um filme que geralmente é esquecido e recebeu críticas negativas da imprensa especializada (conta com uma classificação de apenas 40% no Rotten Tomatoes).

Os críticos parecem não ter compreendido bem o filme e consideraram as inúmeras participações especiais de amigos do diretor desnecessárias. Na verdade, o filme é de alta qualidade, apresentando uma aventura absurda e divertida pelas noites de Los Angeles.

Fuga de Los Angeles

Imagem do filme “Fuga de Los Angeles” (“Escape from L.A.”, 1996) / Credito: Paramount Pictures (divulgação)

Grande parte da crítica considerou “Fuga de Los Angeles” (1996) um remake caricato, redundante e pouco inspirado de “Fuga de Nova York” (1981), ambos filmes de autoria de John Carpenter.

Até hoje, apesar de ter um crescente séquito de fãs, o filme ainda é subestimado pela maioria da crítica e do grande público (com uma aprovação de apenas 53% no Rotten Tomatoes). 

É uma pena, pois essa obra é uma sátira coesa, divertida e inteligente a Hollywood, além de ser um filme mais maduro e coerente dentro da excelente filmografia de Carpenter.

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