Os avanços nos estudos da pesquisa e tratamentos contra o câncer são alimentados por indústria que, em muitas vezes, preza mais por seus interesses comerciais que os próprios pacientes, afirma grupo global de oncologistas em publicação no The Lancet Oncology.
Esse grupo também estabelece diretrizes básicas para o desenvolvimento de novo movimento centrado no paciente no tratamento do câncer e destaca que “a oncologia precisa de abordagem recalibrada que seja mais centrada no paciente e priorize o tratamento equitativo do câncer”.
O que diz o estudo
Os oncologistas afirmam que o controle da agenda de pesquisa pela indústria criou sistema predominantemente focado em novos medicamentos contra o câncer, atrasando a investigação de novas abordagens para cirurgia, radioterapia, cuidados paliativos e prevenção.
Oncologia de Senso Comum
A equipe utilizou a publicação para lançar movimento chamado “Oncologia de Senso Comum”, focado em garantir que o tratamento e a inovação dos estudos do câncer sejam focados em resultados significativos para os pacientes e não para a indústria.
Os autores estimam que esse projeto eduque e capacite a nova geração de oncologistas, impulsionando a área e defendendo os estudos clínicos de forma genuína. Entre as propostas do movimento, estão: garantir que os ensaios apresentem resultados importantes para os pacientes, promover pensamento crítico entre os oncologistas acerca dos tratamentos e melhorar a compreensão do público sobre os tratamentos.
Embora muitos tratamentos contra o câncer façam diferença real na vida de nossos pacientes, há preocupações crescentes de que alguns novos tratamentos não ajudem os pacientes a viver mais ou a se sentirem melhor. Oncologia de senso comum é uma iniciativa global que prioriza as pessoas em detrimento dos lucros e promove a tomada de decisão compartilhada com os pacientes. Nossa visão é que os pacientes tenham acesso a tratamentos de câncer que proporcionem melhorias significativas nos resultados que importam, independentemente de onde vivam.
Christopher Booth, professor da Queen’s University em Kingston, Canadá
Com informações de MedicalXpress
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Fonte: Olhar Digital
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