O piano de cauda é um instrumento bastante antigo, com séculos de existência. E o design dele foi pouco alterado durante esse tempo todo — afinal de contas, quem vai mexer em algo que funciona tão bem? Um estúdio de design dos EUA decidiu tentar.
O estúdio Whipsaw, com sede em San Francisco, nos EUA, aceitou o desafio de recriar o icônico piano de cauda. Dan Harden, fundador e CEO da empresa, começou a pensar meses atrás em uma nova abordagem para os pianos e chegou ao design que ele chamou de “Ravenchord”, por lembrar as asas de um corvo.
Um piano para a plateia ver
A principal novidade do design do Ravenchord é deixar as entranhas do piano visíveis para o público. A abordagem proposta por Harden coloca o pianista sentado de frente para a plateia, que poderia enxergar todos os mecanismos do instrumento musical se mexendo enquanto as teclas são tocadas.
Essa também é, possivelmente, a principal alteração no design do piano. Instrumentos como um violino ou até mesmo bateria deixam os mecanismos que emitem os sons expostos, e, assim, qualquer um consegue ver uma corda ou um prato sendo tocado. O piano, normalmente, é uma caixa preta: as teclas estão disponíveis para o pianista, mas o que faz o som acontecer é escondido no corpo do instrumento.
“A mágica do instrumento está quase toda escondida”, explicou Harden. “Eu queria liberar o piano ao expressar completamente sua forma, função e usabilidade”, continuou.
Além do formato, a exposição dos detalhes do piano é a única mudança radical no design de Harden. De resto, qualquer pianista com familiaridade com um piano de cauda ou vertical vai conseguir tocar o Ravenchord com facilidade: as teclas e pedais estão na mesma posição.
Por enquanto, o Ravenchord é apenas um conceito que ainda não foi traduzido para o mundo real: Harden sequer construiu um protótipo para analisar as vantagens e desvantagens do novo piano. No momento, o designer busca investidores que viabilizem a criação do instrumento.
Via Whipsaw
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Fonte: Olhar Digital
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