Com o fim do programa do governo para incentivar vendas de carros populares 0 km, sete fabricantes decidiram reduzir ainda mais o ritmo da produção. A Volkswagen, por exemplo, é a marca com mais trabalhadores afastados – quase seis mil.
Para quem tem pressa:
Além disso, a montadora alemã anunciou, na segunda-feira (17), a suspensão do contrato de 800 trabalhadores e a paralisação na produção da fábrica de Taubaté (SP). Chevrolet, Mercedes-Benz, Renault e Scania também estão com algum tipo de restrição nas operações.
As informações são de um levantamento realizado pelo Autoesporte.
Cenários das montadoras no país
Além de aumentar as vendas e esvaziar os pátios, o programa de incentivo à indústria automotiva teve como objetivo diminuir a ociosidade das fábricas. Segundo o vice-presidente e ministro da indústria Geraldo Alckmin, essa ociosidade beirava os 50%.
No caso da Volkswagen, a montadora também está com as fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR) operando parcialmente.
Confira abaixo a situação de cada empresa:
Chevrolet
Desde 3 de julho, 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP), responsável pela produção da S10 e Traiblazer, estão afastados.
A fabricante decidiu colocar os funcionários em layoff por até dez meses e reduzir a operação no local para apenas um turno.
Segundo a GM, dona da Chevrolet, o motivo do layoff é a queda nas vendas de veículos.
Mercedes-Benz
A fábrica de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo, uma das mais antigas do país, está desde maio com layoff para 1,2 mil trabalhadores.
A previsão de retorno está entre dois e três meses. Com isso, o local funciona com apenas um turno.
Renault
As fábricas de veículos, motores e injeção de alumínio da Renault estão com restrições na produção.
A linha de montagem de automóveis adotou layoff desde o último dia 3 de julho. Uma semana depois, em 10 de julho, a paralisação passou a valer nas outras unidades.
Os cerca de mil funcionários devem seguir em layoff de dois a três meses.
Scania
Vizinha da Mercedes-Benz, a Scania paralisou totalmente a produção no ABC Paulista por dez dias desde o último dia 10 de julho.
Com isso, três mil funcionários foram colocados de férias coletivas. A volta ao trabalho está prevista para esta quinta-feira (20).
Volkswagen
A Volkswagen foi a segunda empresa que mais pediu créditos no programa dos carros populares.
Ainda assim, a marca alemã está com três das quatro fábricas no Brasil paradas. Apenas a unidade de motores de São Carlos (SP) opera normalmente.
Em São Bernardo, a primeira unidade da Volks fora da Alemanha e maior fábrica da empresa no Brasil, três mil funcionários estão de férias coletivas desde o último dia 10.
A expectativa é que o retorno aconteça nesta quinta-feira (20). No local, são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.
A unidade de Taubaté, que atualmente produz apenas o Polo Track, ficará parada por um período de dois a cinco meses. Com isso, 800 funcionários tiveram os contratos de trabalho suspensos.
Por fim, os dois turnos da fábrica de São José dos Pinhais (SP), de onde saem o T-Cross e o Audi Q3, estão parados.
O primeiro, com 1,9 mil trabalhadores, deve ser retomado nesta quinta-feira (20). O segundo, em layoff desde, junho será retomado em um período de dois a cinco meses.
Com informações de Autoesporte
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Fonte: Olhar Digital
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