Testes de fogo já são realizados em um módulo privado da Estação Espacial Internacional (ISS) há algum tempo e a próxima fronteira desses experimentos no espaço pode ser a Lua.
David Urban, líder desses tipo de experimento na ISS há algum tempo, anunciou em uma coletiva de imprensa no último dia 18 que está considerando realizar testes de fogo em um módulo lunar privado para o programa Artemis, que irá pousar pessoas e cargas na Lua nos próximos anos.
A ideia ainda está em fase de proposta, mas Urban já até pensa onde os experimentos serão realizados. Visto que os testes de fogo não poderiam durar muito tempo a bordo do veículo de astronautas Orion, nem na futura estação lunar Gateway, eles seriam realizados no veículo lunar robótico da Commercial Lunar Payload Services (CLPS).
Experimentos de fogo no espaço
No dia 1° de agosto, a 21h30 no horário de Brasília, será lançado o Spacecraft Fire Experiment-VI (Saffire-VI), a bordo do cargueiro Northrop Grumman Cygnus, no topo de um foguete Antares, para que sejam realizados testes de fogo.
Além do Saffire-VI, o Cygnus também irá levar outros experimentos, como o Neuronix, da NASA, que irá “demonstrar a formação de culturas de células de neurônios 3D em microgravidade e testar uma terapia genética específica para neurônios” e o Multi Needle Langmuir Probe, da ESA, que monitora a densidade de plasma na ionosfera.
Depois de 90 dias acoplado na ISS, ele irá partir rumo a sua autodestruição na atmosfera terrestre, mas não sem antes ativar o sexto experimento Saffire, que é liderado por David Urban.
O Saffire-VI será ativado a uma distância segura da ISS e irá testar como os materiais a bordo da espaçonave se comportam com fogo e também um mecanismo para extinguir as chamas. O experimento é filmado e enviado para Terra depois dos testes, não permitindo que ajustes sejam realizados em tempo real.
Outros testes de fogo também são realizados na estação espacial, como o Flame Extinguishment Experiment (FLEX), que observa como o oxigênio influencia a combustão, o Advanced Combustion via Microgravity Experiments (ACME), que visa reduzir as emissões de CO₂, e o Solid Fuel Ignition and Extinction (SoFIE), que permite que sejam feitos ajustes em tempo real. No entanto, todos são em menor escala, para garantir a segurança da tripulação.
Fonte: Olhar Digital
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