A designer de arte Juliana Brichesi, de 46 anos, teve seu Instagram hackeado por um golpista nesta semana. Usando deepfake, o criminoso postou imagens no perfil da vítima para promover golpes financeiros.
Para quem tem pressa:
Juliana teve sua conta hackeada após gravar um vídeo agradecendo por ter ganho um sorteio promovido por um restaurante de São Paulo. O prêmio nunca existiu, pois a conta do estabelecimento também tinha sido invadida.
Golpe com deepfake
O deepfake é uma técnica que cria, por meio de IA (inteligência artificial), imagens falsas e realistas de rostos. Foi graças a essa técnica que conseguiram colocar, por exemplo, Elis Regina, falecida há 41 anos, e sua filha Maria Rita num comercial da Volkswagen.
O problema é que essa técnica também está nas mãos de golpistas, que a usam nas redes sociais.
Recebi mensagem no direct dizendo que eu ganhei um jantar com direito a acompanhante, bastando apenas enviar um vídeo agradecendo. A origem do vídeo é real, mas, a partir disso, eu já não tive mais acesso à conta e comecei a ser bombardeada com mensagens de amigos. Foi assim que matei a charada de que havia sido hackeada.
Juliana Brichesinone, vítima de golpe com deepfake
A designer contou que o golpista adulterou o vídeo de agradecimento ao restaurante. Depois, ele postou, como se fosse ela, falando que ganhou R$ 10 mil após ter aplicado R$ 1 mil.
Para incrementar o golpe, o criminoso marcou nos stories de Juliana o perfil “@biel_investimentospix”, que conta com mais de nove mil seguidores no Instagram.
A conta promete retornos de até 1.000% em investimentos via Pix. Mas não informa como isso acontece. Apenas publica diálogos de supostos ganhadores e extratos bancários falsos.
Sequência de golpes
Após publicar no perfil de Juliana, o golpista entrou em contato com amigos da vítima pela rede social para oferecer o investimento falso.
Uma ex-babá do filho da designer chegou a depositar R$ 1 mil e não teve o retorno. Agora, amigos fazem uma vaquinha virtual para devolver o dinheiro da vítima.
“Já avisei todo mundo. Hoje acabou o horário das stories, mas permaneceu [no ar] durante 24 horas”, lamentou a designer.
Ela precisou pagar R$ 200 a uma empresa especializada em recuperação de contas para iniciar o processo de contestação do seu perfil. “Foi absolutamente inexistente o suporte do Instagram. Fiquei perdida e não consegui recuperar a conta sozinha”, disse.
É uma conta pessoal, mas o sentimento é de invasão de privacidade. Abriram minha conta, que era restrita a amigos, trocaram meus dados de email e telefone cadastrados nela, e tive até foto do meu namorado usado nos Reels.
Juliana Brichesinone, vítima de golpe com deepfake
O Instagram não se manifestou sobre o caso.
Com informações de Uol
Fonte: Olhar Digital
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