O transporte de líquidos em recipientes de qualquer tamanho (seja um copo, seja um navio) pode causar o fenômeno conhecido como sloshing (em inglês, ou chapinhar, em português), que nada mais é do que o movimento do líquido e que pode causar seu transbordamento.

Conforme citado no parágrafo acima, esse efeito também pode ocorrer em larga escala, como em navios, e causar problemas importantes no transporte e armazenamento desses líquidos por parte da indústria.

Com base nesse problema enfrentado pela indústria, o professor da Escola Politécnica da USP, Cheng Liang-Yee, criou dispositivo anti-sloshing que pode ser implantado de forma fácil e barata.

O sloshing é o movimento violento de líquidos dentro de recipientes parcialmente preenchidos, e é mais crítico quando o movimento do líquido entra em ressonância ao movimento do recipiente.

Cheng Liang-Yee, professor da Escola Politécnica da USP

O professor estudou o fenômeno durante 30 anos, sendo que o dispositivo desenvolvido fez parte da pesquisa de doutorado de seu orientando, Cezar Augusto Belezi.

O conceito utilizado como base do aparelho foi descoberto via simulações computacionais e, agora, estão finalizando experimentos físicos para validá-lo na prática.

Dispositivos tradicionais

Novo dispositivo

Ele é específico para a geometria de cada tanque. Portanto, não costuma ser construída em série. De acordo com o professor, “trata-se de solução e método já disponível para ser aplicado no desenvolvimento de novos tanques ou melhoria dos já existentes”, dependendo apenas da necessidade de cada uso.

O que o sloshing causa?

O sloshing, ou chapinhar, de um líquido pode causar danos estruturais, o que, fatalmente, vai comprometer o local de armazenamento (ex.: tanques) e o consequente transporte do líquido.

Então, utilizar esses dispositivos se mostram importantes em navios cargueiros de grande porte, a exemplo: superpetroleiros, cargueiros de gás natural liquefeito ou as plataformas de FPSO (Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência) (usados por petroleiras, como a Petrobras), nos quais os movimentos complexos causados pelas ondas e ventos levam a mais cuidados e complicações na hora do transporte.

Com informações de Jornal da USP