Na quarta-feira (19), o Google começou novo programa-piloto, no qual alguns empregados terão acesso restrito à internet em computadores da empresa, segundo informações da CNBC.

A princípio, a empresa selecionou mais de 2,5 mil funcionários para participar do programa, mas, após receber feedback, a gigante das buscas revisou o piloto, de modo a permitir que os participantes deixassem o projeto, ou que outros se voluntariassem a participar.

Como vai funcionar o projeto-piloto

Por que o Google resolveu fazer isso?

O projeto foi criado pelo Google para reduzir o risco de ataques cibernéticos, segundo documentos internos. “Os ‘googlers’ são alvos frequentes de ataques”, indica um desses documentos aos quais a CNBC teve acesso.

Se um dispositivo de um funcionário da empresa for comprometido, os hackers podem ter acesso aos dados do usuário e códigos de infraestrutura, o que pode resultar em incidentes de maior escala e comprometer a confiança no usuário.

Desligar parte do acesso à internet externa garante que os cibercriminosos não tenham facilidade em rodar, remotamente, códigos arbitrários ou roubar dados.

Preocupação com a segurança aumenta

O novo projeto do Google surge em momento no qual as companhias estão encarando ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados. Na última semana, por exemplo, a Microsoft afirmou que a inteligência chinesa atacou contas de e-mail da empresa pertencentes à duas dúzias de agências governamentais ao redor do globo, incluindo o Departamento de Estado dos EUA e Europa ocidental, a partir de brecha “significativa”.

A gigante das buscas vem tentando firmar contratos com o governo estadunidense desde que lançou divisão de setor público em 2022.

O projeto-piloto também mostra como o Google, que está prestes a lançar diversas ferramentas de IA, tenta incrementar sua segurança. Nos últimos meses, a companhia tem se esforçado mais para conter eventuais vazamentos.

Garantindo a segurança de nossos produtos e usuários é uma de nossas maiores prioridades. Temos o hábito de explorar formas de melhorar a robustez de nossos sistemas internos contra ataques maliciosos.

Google, em declaração via e-mail

Com informações de CNBC