Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Groenlândia derreteu há cerca de 416 mil anos, aponta estudo

Foto mostra região com vários pedaços de gelo da Groenlândia espalhados no mar

Até pouco tempo atrás, geólogos acreditavam que a Groenlândia sempre foi grande fortaleza de gelo, mas novas descobertas podem mudar o que se sabe sobre o passado da maior ilha do mundo.

Em 2017, pesquisadores descobriram, acidentalmente, elemento que fez parte de missão secreta do Exército dos EUA. Durante a Guerra Fria, o exército perfurou quase 1,4 km de gelo na ilha e continuou perfurando até retirar tubo de solo e rocha de 3,6 metros de comprimento.

Esse sedimento foi congelado e perdido por décadas e descoberto somente há cinco anos, revelando folhas e musgo, que fazem parte de paisagem sem gelo — talvez até de floresta boreal.

Cerca de dois anos atrás, uma equipe de cientistas descobriu, a partir de estudos do núcleo de gelo redescoberto do Camp Century (no noroeste da Groenlândia), que a região provavelmente derreteu há menos de um milhão de anos.

Paralelo a essa pesquisa, outros cientistas que trabalham no centro da Groenlândia coletaram dados que apontaram que o gelo derreteu pelo menos uma vez nos últimos 1,1 milhão de anos — mas esses dois estudos foram os primeiros a analisar esse indício.

O novo estudo, publicado na revista Science, dirigido por equipe de cientistas do mundo todo, apontou que a Groenlândia era uma terra verde há apenas 416 mil anos (com margem de erro de cerca de 38 mil anos).

Saiba mais sobre a pesquisa

É realmente a primeira evidência à prova de balas de que grande parte da camada de gelo da Groenlândia desapareceu quando ficou quente.

Paul Bierman, cientista que co-liderou o novo estudo

Os pesquisadores destacam que conhecer o passado da Groenlândia é fundamental para entender como sua camada de gelo vai reagir ao aquecimento climático no futuro e até com que rapidez ela derreterá.

“O passado da Groenlândia, preservado em 3,6 metros de solo congelado, sugere futuro quente, úmido e sem gelo para o planeta Terra”, diz Bierman. “A menos que possamos reduzir drasticamente a concentração de dióxido de carbono na atmosfera.”

Com informações de Phys.org

Fonte: Olhar Digital

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