O que Oppenheimer, novo filme de Christopher Nolan, e a IA tem a ver? Para o diretor, tudo. Segundo ele, as dificuldades em regulamentar as armas nucleares são semelhantes às de limitar a inteligência artificial. No entanto, no caso das armas, a Organização das Nações Unidas (ONU) resolveu a questão. Contudo, o mesmo não deve acontecer para a tecnologia, já que agora a organização estaria mais enfraquecida.
Oppenheimer e as armas nucleares
E a IA?
Christopher Nolan vê um “paralelo muito forte” entre a proliferação acelerada da IA com o que aconteceu com as armas nucleares na época da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, a ONU também se coloca como o órgão internacional capaz de regulamentar a IA: o secretário-geral, António Guterres, afirmou que a organização é o “lugar ideal” para estabelecer um padrão global para o uso e desenvolvimento da tecnologia.
Porém, para Nolan, a ONU tem uma força “muito diminuída” e pode não conseguir repetir o processo.
Olhar para o controle internacional de armas nucleares e sentir que os mesmos princípios podem ser aplicados a algo que não requer processos industriais maciços é um pouco complicado.
Christopher Nolan
IA pode ser ainda mais perigosa
IA no Cinema
Para Nolan, o ponto principal é que a discussão sobre a regulamentação esteja acontecendo.
O diretor ainda comentou o uso da IA no Cinema, destacando como ela pode criar oportunidades, mas que os executivos devem se responsabilizar pelo seu uso.
Acho que será uma ferramenta poderosa no futuro. O que tentei colocar no debate, e continuo expressando, é a noção de responsabilidade e responsabilidade do empregador. A única coisa que não podemos fazer é permitir que a administração, os empregadores e os produtores usem a IA para evitar a responsabilidade por suas ações.
Christopher Nolan
O uso da IA no audiovisual é um dos pontos que motivou a greve dos roteiristas, no início de maio, e dos atores, este mês.
Com informações de The Guardian
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Fonte: Olhar Digital
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