O segundo semestre deste ano deve ser marcado pelo El Niño em uma versão turbinada chamada informalmente de “super”. Agora, um novo relatório da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA) reúne informações preocupantes.
Primeiramente, o El Niño não deve ser fraco. O fenômeno deve ter intensidade de moderada para forte. Além disso, outro ponto de destaque é a duração, que deve ter no mínimo um ano.
Isso mostra um avanço do fenômeno já que apenas em maio deste ano a formação do El Niño era considerada uma possibilidade distante.
Agora, segundo a NOAA, existe 80% de chance de que as temperaturas aumentem em 1,0ºC (com um fenômeno moderado), 50% de chance de ao menos 1,5ºC (com um fenômeno forte) e 20% de chance de ultrapassar 2,0ºC (com o fenômeno muito forte).
Pode não parecer muito, já que as chances de um El Niño extremamente intenso é de 20%. Entretanto as autoridades consideram esse número preocupante e ele pode mudar nos próximos meses.
Apenas nas últimas semanas registramos os dias mais quentes da história, o que mostra o caminho perigoso que o mundo está entrando no segundo semestre.
Entenda o Super El Niño
O El Niño deixa a atmosfera mais quente, o que o conecta a outros fenômenos naturais, piorando questões relacionadas ao aquecimento global. Some isso ainda à atual onda de calor, que, entre 1998 e 2017, mataram mais de 166 mil pessoas no mundo todo, segundo dados da OMS – e seguem “atacando” nos EUA e Europa, por exemplo.
Por aqui, o El Niño deve provocar chuvas intensas na região sul. Isso se deve porque oceanos mais quentes auxiliam na injeção de mais água na atmosfera, estimulando a formação de mais chuva.
No inverno, a condição já é esperada nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e o aumento pluvial decorrente do fenômeno pode agravar o risco de enchentes e deslizamentos.
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Fonte: Olhar Digital
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