Polícia diz que fuzis eram vendidos abaixo do preço médio de mercado para criminosos
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, os fuzis comercializados por uma empresa em Dourados foram negociados por valores considerados “extremamente baixos”, levantando indícios de suposta sonegação fiscal.
Nesta terça-feira (25/7), sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela equipe da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) em Dourados e um endereço em Ivinhema. Até o momento, pelo menos 27 fuzis, considerados armas de uso restrito pela lei atual, foram apreendidos.
Em uma situação grave identificada pela polícia, foi constatado que um dos fuzis vendidos pela loja em questão foi negociado com um criminoso procurado, condenado a 24 anos de prisão por tráfico de drogas nacional e internacional. Essa pessoa foi recentemente presa em Balneário Camboriú (SC), portando o fuzil calibre 5,56 adquirido através da empresa douradense. Ele também estava com duas pistolas 9mm, um revólver calibre .357, munições e mais de R$ 40 mil em espécie.
Medidas de busca e apreensão foram solicitadas em locais específicos, incluindo a loja de armas, visando localizar e apreender as armas vendidas irregularmente.
A operação coordenada pela Dracco envolve mais de 50 policiais civis, incluindo equipes do departamento, GOI, 1ª DP, 3ª DP de Campo Grande e equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Ivinhema. Contou também com o apoio da Sefaz (Secretaria Estado de Fazenda), Polícia Federal e Exército Brasileiro.
As recentes alterações na legislação, a partir de setembro de 2022, proibiram a venda de fuzis. Entretanto, as investigações mostraram que a loja alvo da operação continuou comercializando armas de calibre restrito após esse período, em transações com diversas irregularidades, indicando até mesmo facilitação do acesso dessas armas de alto poder de fogo por parte de criminosos.
Fonte: Dourados News
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