Nesta quarta-feira (26), os dois planetas mais internos do Sistema Solar vão dividir a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre), em um fenômeno conhecido como conjunção. Na ocasião, Vênus vai passar a pouco mais de 5° ao sul de Mercúrio.

Isso vai acontecer, de acordo com o guia de observações astronômicasInTheSky.org, às 9h45 da manhã (pelo horário de Brasília). No entanto, nesse momento específico, o par estará abaixo da linha do horizonte, não sendo observável.

Ainda muito próximos, eles surgem no céu a partir das 17h55 e permanecem visíveis durante cerca de 1h40min, na direção oeste, na constelação de Leão. Para saber exatamente a localização da dupla, recomenda-se consultar um aplicativo de astronomia, como o Stellarium, o Sky Tonight ou o SkySafari, por exemplo.

Vênus e Mercúrio fotografados em 13 de janeiro de 2015 das ruínas do Castelo de Szarvasko, na Hungria. Créditos: Tamas Ladanyi (TWAN)/APOD NASA

Vênus estará em magnitude de -4.3, enquanto a de Mercúrio será de -0.1. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

Vênus vai “desaparecer” do céu por algumas semanas

Em 13 de agosto (domingo dos pais), Vênus iniciará uma fase que os astrônomos chamam de “conjunção solar inferior”, passando entre a Terra e o Sol, de quem vai se aproximar a menos de 7º na ocasião.

O planeta também passará pelo perigeu – o ponto em que está mais próximo da Terra – mais ou menos ao mesmo tempo, alcançando uma distância de 0,29 Unidades Astronômicas (UA) de nós – algo em torno de 43,5 milhões de km.

Isso o tornaria muito maior aos nossos olhos, se pudesse ser visto. Esse “se” é porque, durante a conjunção solar e alguns que se seguem depois disso, Vênus fica inobservável, ou seja, ele “desaparece” no céu enquanto estiver imerso na luminosidade do Sol.