A Deutsche Telekom, uma operadora de telefonia alemã, lançou uma campanha impactante este mês com uso de tecnologia deepfake, visando conscientizar os pais sobre os perigos de publicar fotos e vídeos de crianças nas redes sociais. A empresa utiliza uma história fictícia para ilustrar os possíveis resultados negativos dessa prática.
Deepfake e riscos da exposição
O deepfake é uma aplicação de inteligência artificial que permite criar vídeos, fotos ou áudios alterados, inserindo o rosto e a voz de uma pessoa em diferentes contextos. Quanto mais material disponível sobre a criança, maior a eficácia do deepfake, tornando fotos e vídeos de crianças um alvo atrativo para manipuladores.
Os riscos associados a essa prática são alarmantes. As imagens manipuladas podem ser usadas para incriminar pessoas inocentes ou, até mesmo, para colocar seus rostos em conteúdos comprometedores, como fotos com conteúdo explícito.
A campanha destaca a importância de proteger a privacidade das crianças e ressalta que compartilhar de forma descuidada essas informações pode levar a situações de perfilamento por coletores de dados, hacking, reconhecimento facial, pedofilia e outras ameaças à segurança e privacidade das crianças.
O vídeo da Deutsche Telekom
O vídeo acima começa com um alerta de que algumas pessoas podem achar o conteúdo perturbador. Na sequência, alguns dados são apresentados:
Na sequência, o vídeo apresenta um casal, os pais de uma menina de 9 anos chamada Ella. O vídeo explica que eles publicam sobre a vida da filha nas redes sociais com frequência. A operadora diz ter usado apenas uma foto e inteligência artificial para criar uma Ella adulta. Um vídeo dessa versão digital adulta da menina de 9 anos é exibido para eles.
A Ella adulta alerta sobre como as fotos postadas em redes sociais são dados que podem ser usados por qualquer pessoa. Entre elas, roubo de identidade, uso da voz para golpes, criação de memes que podem causar bullying contra a criança, ou até mesmo pedofilia.
Por fim, a Ella digital pede que os pais protejam sua privacidade online.
Recomendações para uso de telas por crianças e adolescentes
Fonte: Olhar Digital
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