O número de casos de Covid-19 na população adulta está estável ou em queda em grande parte dos estados brasileiros. Isso também vale para casos relacionados ao vírus influenza A (gripe) nessa parte da população. É o que mostra o mais recente Boletim InfoGripe, da Fiocruz.

Para quem tem pressa:

Nas crianças, o VSR (Vírus Sincicial Respiratório) continua sendo o mais identificado – mas já mostra sinais de queda na maioria dos estados.

No caso de Minas Gerais, o aumento recente na população infantil pode estar associado ao crescimento do rinovírus e do metapneumovírus.

Raio-x do Brasil

Médico olhando para raio-x de pulmões de paciente com Covid-19
(Imagem: Amanda Perobelli/Reuters)

O cenário nacional mostra queda nos novos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas tendências de longo prazo – últimas seis semanas – e de curto prazo – últimas três semanas.

Nos estados, de acordo com a análise, cinco apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo:

O estudo verificou ainda que em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul o crescimento de SRAG se observa também nas crianças, embora em Minas os dados laboratoriais não apontem associação ao VSR.

No Acre e Pará, há indícios de interrupção de crescimento de SRAG nas crianças pequenas, porém mantendo patamar elevado.

Também se mantém indícios de estabilidade em valores expressivos nas crianças no Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.

Entre as capitais, sete apresentam crescimento: Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Natal, Porto Alegre, Porto Velho e Vitória.

Na maioria dessas capitais o sinal está presente fundamentalmente nas crianças ou na população a partir de 65 anos. Curitiba, Rio Branco e São Paulo, embora não apresentem sinal de crescimento recente, mantêm estabilidade em patamar elevado de SRAG nas crianças pequenas.

Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do Boletim InfoGripe

Casos e mortes

Equipe tentando reanimar paciente com Covid-19 no hospital
(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi:

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi: 18,1% para influenza A; 4,8% para influenza B; 9,5% para VSR e 45,7% para Covid-19.

Referente à Semana Epidemiológica 29 – período de 16 a 22 de julho – a pesquisa tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) até 24 de julho.

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