Consumo nos lares brasileiros cresce no primeiro semestre impulsionado por benefícios do governo
O consumo nos lares brasileiros registrou um crescimento de 2,47% no primeiro semestre deste ano, com uma alta de 6,96% nos últimos doze meses, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Na comparação de junho com maio, o indicador teve um aumento de 0,55%.
O vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, destaca que esse consumo consistente e gradual até o fim do semestre foi favorecido pelo recuo do desemprego, reajustes salariais e consolidação dos programas de transferência de renda. Ele prevê que nos próximos meses, se a pressão da inflação sobre a cesta de alimentos continuar reduzida, o consumo tende a aumentar ainda mais, especialmente com a chegada de datas importantes como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano.
Dentre os fatores que impulsionaram o aumento do consumo estão os benefícios pagos pelo governo federal, que somaram cerca de R$ 85,4 bilhões, incluindo o Bolsa Família, Primeira Infância (a partir de março) e o Benefício Variável Familiar (a partir de junho), além dos Auxílios Gás pagos em fevereiro (R$ 112,00), abril (R$ 100,00) e junho (R$ 109,00).
Outros fatores que contribuíram para o aumento do consumo nos lares incluem os reajustes do salário-mínimo em janeiro (7,42%) e maio (1,40%) para mais de 60 milhões de pessoas, os reajustes das bolsas da educação CAPES e CNPQ (R$ 2,4 bilhões), reajustes dos servidores civis do Poder Executivo (R$ 11,2 bilhões), resgate do PIS/Pasep (R$ 20,2 bilhões), pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda 2022 (R$ 618 milhões), ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 2.640,00, pagamentos do 1º e 2º lotes de Restituição do Imposto de Renda (R$ 15 bilhões), pagamento de precatórios (R$ 31,1 bilhões), antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS (R$ 62,6 bilhões).
Além disso, também contribuíram para o aumento do consumo nos lares o pagamento do 13º dos trabalhadores com carteira assinada e o pagamento de três lotes de restituições do Imposto de Renda 2023. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.
Fonte: Jovem Pan News
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