Julho caminha para ser o mês mais quente já registrado. É o que mostram os dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela UE (União Europeia) nesta quinta-feira (27).
Para quem tem pressa:
As informações são do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da UE, e da OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Para Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, o clima extremo que já afetou milhões de pessoas em julho é a “dura realidade da mudança climática”. Ainda segundo ele, também é um “prenúncio do futuro”.
Julho mais quente
O que já se sabe é que as três primeiras semanas de julho são os dias mais quentes identificados pelos cientistas.
Nas últimas semanas, ondas de calor assolaram a América do Norte, Europa e Ásia, acompanhadas por incêndios na Grécia e Canadá e impactos econômicos e na saúde.
A China estabeleceu um novo recorde nacional de temperatura de 52,2°C, em 16 de julho. O registro ocorreu na cidade de Turpan, na província de Xinjiang.
Governos de diferentes continentes se apressaram em adotar medidas de urgência.
É extremamente provável que julho de 2023 seja o julho mais quente e também o mês mais quente já registrado, depois do junho mais quente já registrado.
Comunicado divulgado pela ONU e pela UE, em Genebra, na Suíça
Raio-x do mês (até agora)
Em 6 de julho, a média diária da temperatura média global do ar na superfície ficou em 17,08ºC e ultrapassou o recorde estabelecido em agosto de 2016 – tornando-se o dia mais quente já registrado.
O que mais assustou os cientistas foi que os dias 5 e 7 de julho vieram logo atrás no ranking.
No que se refere às três primeiras semanas de julho, a temperatura média global excedeu temporariamente o limite de 1,5°C – acima do nível pré-industrial. Isso ocorreu principalmente durante a primeira e a terceira semana do mês.
De acordo com os dados, o mês mais quente registrado anteriormente tinha sido julho de 2019.
Para os observadores, porém, o que se registra pode ser apenas o início da constatação de que as mudanças climáticas estão ocorrendo em um ritmo mais rápido e mais intenso do que se previa no início do século 21.
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Fonte: Olhar Digital
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