O Bard, chatbot de inteligência artificial do Google, não é tão confiável quanto poderia ser. E a própria empresa reconhece isso: Debbie Weinstein, chefe do Google no Reino Unido, sugeriu que usuários busquem as informações escritas pelo Bard no Google para ter certeza de que elas estão corretas.

O Bard “não é realmente o lugar onde você procura informações específicas”, disse Weinstein em entrevista à BBC. “Estamos encorajando as pessoas a realmente usar o Google como mecanismo de busca para consultar as informações que encontraram”, continuou a executiva.

O risco de chatbots como o Bard ajudaram a espalhar desinformação é uma preocupação de toda a indústria, e o próprio Google faz esse alerta aos usuários do serviço. Ao acessar a página inicial do Bard, uma mensagem diz que a inteligência artificial tem “limitações e nem sempre acertará”.

O alerta não chega a sugerir que as pessoas chequem os dados no próprio Google, mas não deixa de ser uma maneira de avisar usuários de que nem tudo o que aparece dentro do Bard é confiável.

Bard não substitui o Google, diz executiva

A sugestão de Weinstein também reforça a ideia de que chatbots como o Bard e o ChatGPT não conseguem substituir completamente os mecanismos de busca convencionais, como o próprio Google ou o Bing da Microsoft.

Google Bard
Imagem: gguy/Shutterstock

Apesar da empolgação inicial de muitos usuários quando o ChatGPT ganhou popularidade no fim de 2022, muitos notaram que era comum o chatbot fornecer dados imprecisos, desatualizados ou simplesmente incorretos — em alguns casos, parecendo até inventados.

Para o Google, ferramentas como o Bard devem ser vistas como aliadas para empresas e profissionais de diversas áreas, e não exatamente como um substituto para o Google.

Para auxiliar os interessados em extrair o máximo de ferramentas de inteligência artificial, o Google lançou um curso online gratuito no Reino Unido chamado New Fundamentals, que, de acordo com Weinstein, fornece treinamento para “habilidades práticas e conhecimento para capturar os incríveis benefícios da IA.”

Via BBC

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