Mais uma vez, o telescópio James Webb achou novidades no Espaço. Dessa vez, relacionadas a Júpiter.
O equipamento encontrou peróxido de hidrogênio na lua Ganimedes e fumaças com muito enxofre na lua Io, duas dos 92 satélites naturais do planeta. Ambos os compostos se formam pela influência de Júpiter e foram descobertos pela primeira vez.
Compostos nas luas de Júpiter
Abaixo, estão as descobertas. A absorção de luz que o peróxido de hidrogênio causa está nos polos de Ganimedes, enquanto, em Io, as erupções estão nas áreas central e direita.
O espectrômetro do James Webb indicou que o peróxido de hidrogênio absorve luz. O processo resulta das partículas eletricamente carregadas próximas de Júpiter e Ganimedes, que se chocam com sua cobertura, que é congelada.
Os autores indicam que o composto se forma por interações entre partículas e o gelo, o que causa radiólise. Esse processo quebra as moléculas de água, recombinando-se a seguir, formando o peróxido de hidrogênio.
Eles tinham suspeitas de que a radiólise poderia se dar em especial nos polos da lua, pois seu campo magnético direciona as partículas para esses locais.
Io: descobertas
Sobre Io, o estudo detalha as recém-descobertas erupções em andamento na lua. Uma dessas foi encontrada após aumento no brilho do complexo vulcânico Loki Patera, bem como erupção bem luminosa em Kanehekiili Fluctus.
Já que essa lua não é a única vulcanicamente ativa no Sistema Solar. Esse tipo de detecção permite estudar os fenômenos por perspectiva diferente da obtida na Terra.
Nunca antes, eles haviam relacionado a erupção de Kanehekili Fluctus a erupção produzida por monóxido de enxofre. O dióxido é o principal composto da atmosfera de Io, vindo da sublimação do composto sólido e das erupções que por lá ocorrem. Mas os vulcões ainda produzem o monóxido de enxofre, que a detecção é mais difícil.
A coautora de um dos estudos, Imke de Pater, indicou que os dados mostraram, pela primeira vez, que vem do vulcão o monóxido de enxofre de alta excitação.
A relação entre o monóxido de enxofre e os vulcões vem de hipótese de 2002, que criamos para explicar como veríamos o monóxido de enxofre.
Imke de Pater, coautora de um dos novos estudos
Os novos dados indicam que o gás é capaz de chegar a 1,5 mil K na abertura dos vulcões de Io e, caso seja expelido no estado de excitação, ele perde o fóton e gera a emissão.
Com informações de Berkeley News
Fonte: Olhar Digital
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