Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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FBI investiga uso de software de espionagem e descobre que foi o próprio FBI

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Investigação do FBI revela uso indevido de software de espionagem por empreiteira

Uma investigação do FBI, a polícia federal americana, chegou a uma conclusão, no mínimo, engraçada. O órgão foi acionado após denúncias de que a empreiteira Riva Networks havia comprado e implantado, para uso do governo dos Estados Unidos, uma ferramenta de espionagem desenvolvida pela polêmica empresa israelense NSO.

Contrato ilegal assinado em 2021

O acordo para a compra do sistema de vigilância, chamado de Landmark e utilizado por governos do mundo todo, foi concluído em novembro de 2021. Poucos dias antes, no entanto, o presidente Joe Biden havia colocado a NSO em uma lista proibida, impedindo que empresas americanas fizessem negócios com ela. Essa decisão foi tomada devido a uma série de escândalos associados ao Pegasus, ferramenta utilizada por governos autoritários e democracias para espionar jornalistas, ativistas de direitos humanos e dissidentes políticos.

FBI descobre uso ilegal

Após a investigação, o FBI descobriu que a própria agência havia utilizado o software ilegal. O órgão acusa agora a Riva de enganar a agência de espionagem americana e afirma que já rescindiu o contrato. Segundo autoridades ligadas ao governo dos Estados Unidos, a empresa sediada em Nova Jersey foi acionada pela Casa Branca para ajudar a rastrear suspeitos de tráfico de drogas e fugitivos no México. A Landmark permitia que funcionários do governo americano rastreassem pessoas no país vizinho sem seu conhecimento ou consentimento. No entanto, o FBI descobriu que, em algum momento de 2021, a ferramenta passou a ser utilizada sem o conhecimento da agência. A Riva também renovou seu contrato com a NSO sem avisar o governo.

Sem pronunciamento das empresas

Até o momento, tanto a Riva Networks quanto a empresa israelense NSO não se pronunciaram sobre o caso. A Casa Branca também não informou se tomará alguma medida contra as responsáveis pelo uso indevido do software de espionagem.

 

Fonte: Olhar Digital

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