Investigações conduzidas pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Dourados revelam que Gilmar Alves Cotrin Junior, de 42 anos, planejou o ataque que culminou na morte de sua ex-companheira, Valéria Carrilho da Silva, de 35 anos.
No momento da prisão, Gilmar chegou a afirmar aos policiais que mataria Valéria assim que fosse libertado. O crime ocorreu quando o corpo de Valéria foi incendiado em sua residência, localizada na rua Garrincha, bairro Residencial Esplanada, entre o final da noite de sábado (29/7) e o começo da madrugada de domingo (30/7), conforme registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Em entrevista ao Dourados News na manhã de segunda-feira (31/7), a delegada titular da DAM em Dourados, Thais Bessa, afirmou que há indícios que apontam para o caráter premeditado do crime.
“Ele foi até a residência da vítima e entrou de maneira clandestina. Pegou uma mangueira, retirou a gasolina que estava no tanque da moto [estacionada no quintal], colocou em um caneco e aguardou a chegada da vítima. Ou seja, de maneira premeditada, o autor, quando a vítima chegou, jogou o combustível no corpo dela, e com um isqueiro ateou fogo”, detalhou a delegada.
Enquanto estava em chamas, Valéria correu pelo quintal e acabou espalhando o fogo na motocicleta e em outros objetos. Ela foi socorrida inicialmente por vizinhos e, em seguida, pelo 2º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar), sendo encaminhada ao Hospital da Vida. Infelizmente, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer por volta das 17 horas de domingo (31/7).
Gilmar foi localizado e preso em flagrante em uma construção na região central da cidade, por volta das 11 horas do mesmo dia, enquanto Valéria estava internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital da Vida.
“No momento da captura, ele ainda proferiu ameaças contra a vítima, dizendo que quando fosse solto iria matá-la”, detalhou a delegada Thais Bessa.
Gilmar Alves Cotrin Junior está detido em uma cela da Depac, aguardando a audiência de custódia. Ele responderá por crime de feminicídio triplamente qualificado, considerando o “motivo fútil”, a “emboscada” e o “emprego do fogo”.
Fonte: Dourados News
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