A Rússia atacou nesta segunda-feira, 31, um prédio residencial no centro da Ucrânia e deixou ao menos cinco pessoas mortas e dezenas de feridos. Esse bombardeio vem em um momento em que as tropas de Volodymyr Zelensky tem atacado com drones o território russo, o que foi classificado pelo Kremlin como um ato de desespero. Dois mísseis da Rússia atingiram a cidade de Kryvyi Rig pela manhã: um atingiu um prédio residencial e deixou cinco mortos, incluindo uma menina de 10 anos, e pelo menos 64 feridos, segundo o chefe da administração militar da cidade, Oleksandr Vilkul. O outro míssil atingiu um centro educacional. “Eles bombardearam prédios residenciais, um prédio universitário, um cruzamento de estrada. Infelizmente, há mortos e feridos. Pode haver pessoas sob os escombros”, disse o presidente ucraniano no Facebook, denunciando mais uma vez o “terrorismo russo”. Nas imagens divulgadas pelo presidente, pode-se ver um prédio residencial afetado em vários andares e enegrecido pelo fogo. O centro educacional ficou completamente destruído, segundo as imagens.
Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, foi bombardeada em meados de junho. Pelo menos 12 pessoas morreram neste ataque contra um prédio residencial de quatro andares e um armazém. Mais ao sul, em Kherson, um homem de 65 anos morreu quando seu carro foi atingido por munição russa, segundo as autoridades locais. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que os ataques de Moscou contra infraestruturas militares ucranianas “aumentaram consideravelmente” em resposta aos ataques contra o território russo dos últimos dias. A península da Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia em 2014, e outros territórios russos, foram atacados com drones nas últimas semanas. No domingo, um ataque com esses aparelhos danificou levemente dois prédios em um bairro comercial de Moscou. Zelensky se mostrou satisfeito com esses ataques no domingo e afirmou que a guerra estava chegando “na Rússia”.
“Progressivamente, a guerra chega ao território da Rússia, a um dos centros simbólicos e suas bases militares. É um processo inevitável, natural e absolutamente justo”, declarou. “A Ucrânia está ficando mais forte”, acrescentou o presidente ucraniano, alertando que seu país deve se preparar para novos ataques às infraestruturas energéticas no próximo inverno. O ministro da Defesa russo assegurou que a contraofensiva ucraniana, iniciada no início de junho após meses de preparação, não está sendo bem-sucedida e que “as armas ocidentais não estão levando ao sucesso” de Kiev, mas sim ao “prolongamento do conflito”. As forças ucranianas avançam lentamente enquanto são confrontadas com sólidas linhas de defesa russas. Na região de Bakhmut (leste), um dos focos dos combates, a vice-ministra reivindicou a recuperação de 2 km² na semana passada, totalizando 37 km² “libertados” na região desde o início de junho.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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