Nesta semana, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Juntendo, no Japão, apresentaram os resultados de uma nova vacina que demonstrou potencial em prevenir ou modificar o curso da doença de Alzheimer.
No estudo, os pesquisadores criaram em laboratório um “modelo de camundongo com doença de Alzheimer” imitando um cérebro humano e simulando a patologia da doença induzida por beta-amiloide, um dos biomarcadores do Alzheimer.
A vacina foi projetada para eliminar a glicoproteína associada à senescência (SAGP), um tipo de proteína produzida por células senescentes (envelhecidas ou danificadas).
A vacina teve resultados promissores com os camundongos, que começaram a apresentar sinais de ansiedade e melhorias de consciência, aspectos que podem indicar a diminuição da doença, segundo os pesquisadores.
Outro aspecto positivo foi a diminuição de diversos biomarcadores inflamatórios característicos da doença de Alzheimer. Entre eles, a redução de depósitos amilóides no tecido cerebral, biomarcadores inflamatórios e moléculas inflamatórias.
Também foi observado que, com o uso da vacina, a proteína SAGP ficou localizada bem próxima às células cerebrais chamadas de micróglia, responsáveis pela defesa imunológica do sistema nervoso central e pela limpeza de placas beta-amiloide.
A doença de Alzheimer agora responde por 50% a 70% dos pacientes com demência em todo o mundo. O novo teste de vacina do nosso estudo em camundongos aponta para uma maneira potencial de prevenir ou modificar a doença. O desafio futuro será alcançar resultados semelhantes em humanos.
Se a vacina pudesse ser bem-sucedida em humanos, seria um grande passo para retardar a progressão da doença ou mesmo prevenir esta doença.
Chieh-Lun Hsiao, PhD, pós-doutorando no departamento de biologia cardiovascular e medicina da Escola de Medicina da Universidade Juntendo.
Com informações de Longevity Technology.
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Fonte: Olhar Digital
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