Em evento para a imprensa em Betim (MG), o grupo Stellantis, responsável pelas marcas como Fiat, Peugeot, Jeep, RAM, Alfa Romeo, Chrysler e Citroën, anunciou sua meta para descarbonização e eletrificação dos carros vendidos no Brasil. A principal novidade fica na nacionalização de partes das plataformas e sistemas, junto do uso do etanol.
O que você precisa saber:
Este processo de nacionalização de plataformas e tecnologias responsáveis pela propulsão eletrificada, seja ela em veículos híbridos de todos os tipos ou então totalmente elétricos, começou na Stellantis com a plataforma Bio-Hybrid em 2022, mesmo depois do grupo já ter lançado modelos eletrificados no Brasil, como o Fiat 500e e o Jeep Compass 4Xe.
“O Bio-Hybrid faz parte da rota tecnológica da mobilidade acessível e sustentável adotada pela Stellantis. Queremos potencializar as virtudes do etanol, como combustível renovável, cujo ciclo de produção absorve a maior parte de suas emissões, combinando a propulsão à base do biocombustível com sistemas elétricos”, comentou Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul.
Fiat e outras marcas vão misturar etanol com bateria
A nova meta, traçada agora em agosto, é de alinhar este planejamento com o prazo de descarbonização de processos e produtos da empresa até 2038, com redução de emissões em 50% até 2030. Ela coloca na matemática o etanol por conta da natureza do combustível, pois a planta (cana de açúcar) já absorveu carbono da atmosfera enquanto crescia e a queima dela apenas retorna ao ar.
Junto disso, o grupo prometeu acelerar tecnologias locais para tornar a descarbonização e a eletrificação mais acessíveis, especialmente quando pensamos no custo extra dos híbridos e elétricos. “É uma oportunidade de reindustrialização e de reconfiguração da indústria nacional de autopeças, que é diversificada, complexa e muito importante para a economia brasileira”, observa Filosa.
A tecnologia Bio-Hybrid tem aplicação flexível e é compatível com linhas de produção da Stellantis em Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Nestes locais a fabricação pode e vai acomodar sistemas híbridos leves, onde a economia de combustível não passa de 6%, passando por tradicionais com baterias de até 3 kW e indo até os plug-in e totalmente elétricos.
Durante a apresentação, Filosa também comentou que pretende alcançar 20% de vendas de modelos eletrificados no Brasil em 2030 e esse número vale não somente para os modelos mais caros da Jeep, indo até os econômicos da Fiat. Uma das plataformas apresentadas, com o sistema híbrido leve, comporta o Mobi – veículo mais barato da Fiat no Brasil.
Fonte: Olhar Digital
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