Uma motorista reserva da Uber guiava um veículo autônomo quando acabou atropelando e matando uma pedestre em Phoenix, no Arizona. Na última sexta-feira (28), Rafaela Vasquez assumiu a culpa pelo acidente ocorrido em 2018 nos EUA — o primeiro fatal envolvendo um carro totalmente autônomo.

Resumo do caso:

O que dizem as autoridades

Autoridades federais de segurança concluíram que a falha de Vasquez em monitorar a estrada foi a principal causa do acidente.

Segundo a acusação, Vasquez estava olhando para baixo para assistir um episódio de “The Voice” no celular, quando o SUV Volvo XC-90 do Uber atingiu Herzberg, que atravessava a rua de bicicleta.

Argumentos da defesa

Os advogados de defesa, por sua vez, alegaram que ela estava olhando para um aplicativo de mensagens usado por funcionários do Uber no celular de trabalho. 

A defesa alega ainda que a empresa deveria compartilhar parte da culpa pelo acidente por “colocar Vasquez no veículo sem um segundo funcionário”.  

A supervisão insuficiente do departamento de transporte do Arizona nos testes de veículos autônomos também foi citada pelos advogados de Vasquez como.

Carro não parou sozinho por falha no sistema

Repercussão do caso

A morte repercutiu em toda a indústria automobilística e inclusive forçou outras empresas a desacelerar a chegada de mais serviços autônomos de carona nos EUA. O Uber, por exemplo, optou por retirar todos os seus carros autônomos do Arizona. O governador Doug Ducey também proibiu a empresa de continuar seus testes no estado.

O caso não foi o primeiro incidente envolvendo um veículo autônomo da Uber. Em março de 2017, outro SUV da empresa capotou na mesma cidade quando colidiu com outro veículo. Nenhum ferimento grave foi relatado.

Com informações do The Guardian