A Uber, que pretende liderar a transição de veículos a gasolina para elétricos em Londres, tem incentivado seus motoristas a aderirem aos EVs.

Parte do plano para a cidade envolve a instalação de centenas de carregadores elétricos. Conforme relata o Wall Street Journal, ainda faltam mais de 600 carregadores para que a empresa consiga atender seus 45.000 motoristas de Londres até 2025.

Para atingir a meta, a Uber terá que enfrentar alguns obstáculos, entre eles:

Os esforços ecológicos da Uber começaram há cinco anos, com o presidente-executivo, Dara Khorowshani, anunciando a promessa de utilização de energia 100% elétrica nos veículos utilizados por motoristas.

Na semana passada, Khorowshani disse que os testes de Londres estabelecem uma prova de conceito para o plano da Uber tornar sua frota totalmente elétrica em todo o mundo até 2040.

Nossa experiência em Londres preparou o terreno para começarmos a escalar a eletrificação globalmente.

Dara Khosrowshahi, presidente-executivo da Uber.

Atualmente, a empresa está destinando US$800 milhões (cerca de R$3,8 bilhões, na cotação atual) globalmente para auxiliar na transição para os veículos elétricos. No Canadá e EUA, a Uber pretende alcançar a eletrificação total até 2030.

A Uber não compra os veículos para os motoristas, então incentiva o uso de EVs com a redução de comissões recebidas dos motoristas de carros elétricos em seu serviço Uber Green. 

A empresa também fechou acordos de preços reduzidos com montadoras e locadoras, conseguindo descontos em pontos de recarga.

Outra medida foi a cobrança de uma taxa de ar limpo por viagem aos passageiros, destinadas aos motoristas que estão comprometidos a alugar ou comprar veículos elétricos em Londres.

Mesmo assim, o número de motoristas que usam EVs na cidade aumentou mais lentamente do que a empresa esperava, informaram pessoas familiarizadas com o assunto ao Wall Street Journal.

De acordo com a companhia, as viagens feitas com EVs equivalem a cerca de 19% do trecho percorrido nas viagens de Uber em Londres, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

De acordo com Gurinder Dhillon, CEO da Otto Car, que aluga cerca de 3.000 dos 10.000 EVs para a Uber em Londres, o fim dos subsídios do Reino Unido para a compra de carros elétricos e aumento de taxas de juros prejudicaram a demanda da categoria.

Apesar dos obstáculos, algumas leis da cidade têm facilitado os esforços de eletrificação. Em 2017, Londres anunciou a expansão de uma taxa diária de carros mais antigos e poluentes operando no centro da cidade. Em 2018, uma nova lei passou a isentar os veículos 100% elétricos de pagarem a taxa diária de congestionamento.

Com informações de Wall Street Journal.

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