Pesquisadores descobriram nova forma de gerar eletricidade inspirada no voo de uma borboleta. Suas asas são feitas de quitina, polímero orgânico, e os cientistas encontraram nessa substância a capacidade promissora de um biomaterial sustentável.

A borboleta e a quitina

A pesquisa

Segundno o estudo, publicado na Advanced Materials Technologies, a quitina é o segundo polímero orgânico mais abundante na natureza e pode ser obtida rapidamente via vários organismos encontrados em todos os ecossistemas.

Durante os experimentos, os pesquisadores notaram que o alongamento dos filmes quitinosos reorganizou a estrutura cristalina e diminuiu o teor de água, semelhante ao processo de desidratação das asas das borboletas.

Essas características permitiram que os filmes relaxassem e se contraíssem em resposta a mudanças ambientais, assim como alguns insetos adaptam sua casca, podendo levantar objetos com mais de 4,5 kg.

Em seguida, os pesquisadores descobriram que o material poderia ser utilizado para extrair energia das mudanças de umidade e convertê-la em eletricidade.

Ao anexar os filmes a material piezoelétrico (material com cristais que conseguem gerar corrente elétrica por resposta à pressão mecânica), o movimento mecânico dado após mudanças de umidade foi modificado e se tornou correntes elétricas ideais para alimentação de pequenos eletrônicos.

Além disso, a quitina também apresenta potencial em aplicações biomédicas e de engenharia, com vantagens, como integração ecológica e baixo consumo de energia, segundo os cientistas.

Essa descoberta inovadora abre caminho para o desenvolvimento de novas fontes de energia sustentáveis inspiradas pela natureza.

Com informações de EurekAlert! e Advanced Materials Technologies