Buscando por fontes sustentáveis de proteínas que possam combater a fome, pesquisadores do Departamento de Engenharia de Alimentos (ZEA) da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo alimentos feitos com farinha produzida a partir de larvas de mosca.

O projeto utilizou larvas da espécie mosca-soldado-negra (Hermetia illucens), por ser espécie já usada anteriormente como fonte de proteína na produção de ração para animais, e foi desenvolvido a partir de dois estudos, segundo o Jornal da USP.

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Entre eles, um é direcionado à extração do óleo da farinha das larvas da mosca-soldado-negra — discorrida via métodos sustentáveis e inclusão da farinha desengordurada em pães —, de autoria de Vanessa Aparecida, e outro focado em introduzir o uso da farinha em salsichas, por Letícia Aline Gonçalves.

As pesquisas foram realizadas nos laboratórios de Tecnologia de Alta Pressão e Produtos Naturais, de Qualidade e Estabilidade de Carnes e Produtos Cárneos e de Processamento de Pães e Massas da FZEA e fazem parte de projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), focado em criar método inédito para extrair óleo da farinha da mosca-soldado-negra, retirando a gordura e tornando-a menos calórica.

Etapas da pesquisa

Resultado desse processo, o óleo da larva da mosca-soldado-negra pode ser aplicado na indústria de cosméticos, enquanto a farinha apresenta altos valores nutricionais para a alimentação. Esse produto apresenta alto teor de proteínas e melhor digestibilidade que diversas proteínas vegetais e animais.