Pesquisadores conseguiram detectar a luz mais energética já vista saindo do Sol a partir de observações que duraram 6 anos, feitas por instituições da América do Norte, Europa e Ásia. A descoberta não é bem compreendida pelos cientistas e se tornou um novo quebra-cabeça para ser resolvido.
As observações revelaram a primeira detecção de radiação gama solar na faixa de teraelectronvolt (TeV), e ela nem foi feita no recente pico de atividade solar, na verdade, o Sol estava bem calmo.
Radiação solar
Observamos o Sol em diversas frequências do espectro eletromagnético, desde as ondas de rádio de baixa frequência até a radiação gama, a luz mais energética do Universo. No entanto, sabemos pouco sobre os processos que acontecem na estrela. Quase toda atividade solar que observamos está relacionada aos campos magnéticos, mas seus mecanismos ainda são pouco compreendidos.
Umas das ferramentas utilizadas para observar raios gama é o High Altitude Water Cherenkov (HAWC), localizado no México. Ele consegue detectar as partículas altamente energéticas produzidas pela colisão da radiação cósmica e gama com a atmosfera terrestre e foi com ele que os pesquisadores conseguiram observar a luz mais energética já emitida pelo Sol.
O HAWC está entre os poucos detectores capazes de observar o Sol na faixa TeV. Seu grande campo de visão e alta fração de tempo ao vivo permitem a exposição contínua à medida que o Sol transita pelo céu.
Trecho da pesquisa
As observações foram feitas entre 2014 e 2021, e foram detectadas emissões que variavam entre 0,5 e 2,6 TeV vindos da direção do Sol. Acredita-se que elas foram provavelmente causadas pela colisão de raios cósmicos com os núcleos na atmosfera solar, na faixa de gigaeletronvolts (GeV, assim como acontece na atmosfera terrestre e causa um brilho de raios gama.
No entanto, os pesquisadores não sabem como as emissões de luz causadas pela interação se tornam tão brilhantes. Devido ao fato do campo magnético solar ser ruim com confusões, provavelmente ele está relacionado. Ainda são necessários mais modelos para determinar como isso acontece.
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Fonte: Olhar Digital
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