Dando continuidade à sua “turnê mensal” de agosto pelos planetas do Sistema Solar, a Lua vai visitar Júpiter nesta terça-feira (8), aparecendo bem pertinho dele no céu em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. 

Segundo o guia de observação InTheSky.org, isso vai acontecer às 6h44 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília), quando a Lua vai passar menos de 3º ao norte de Júpiter. Quase ao mesmo tempo, ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com a plataforma Starwalk Space.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

No momento da conjunção e da aproximação máxima entre Lua e Júpiter, às 6h44 da manhã de terça-feira (8), o dia já estará claro. Crédito: Stellarium Web

Como o dia deve amanhecer pouco antes das 6h15, o céu já vai estar claro durante esses dois momentos, prejudicando a visibilidade. No entanto, Lua e Júpiter poderão ser vistos já bem próximos desde à 00h40.

Enquanto nosso satélite natural estará em magnitude de -11,9, a do gigante gasoso estará em -2,5,com ambos posicionados na constelação de Áries. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par será muito amplamente separado para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com o uso de um par de binóculos.

Próximos planetas a receberem a visita da Lua em agosto

Depois Júpiter, será a vez de Mercúrio e Marte (ambos, dia 18). No dia 30, ela se encontra novamente com Saturno, que foi o primeiro planeta visitado este mês. Na ocasião, por chegar à fase cheia quase atingindo o ponto mais próximo da Terra em sua órbita atual, ela será uma Superlua

E mais do que isso: sendo o segundo evento desse tipo no mesmo mês, ela é chamada de Lua Azul. Embora essa designação não tenha nada a ver com a coloração do astro, não deixa de ser um momento memorável e imperdível.

A série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.