Investigadores paquistaneses trabalham para entender o que ocasionou o descarrilamento de um trem no domingo, 6, e deixou ao menos 34 mortos. Alguns vagões de passageiros saíram dos trilhos, enquanto outros tombaram e ficaram parcialmente destruídos. O ministro das Ferrovias, Khawaja Saad Rafique, afirmou no domingo que nenhuma falha foi relatada no trecho da linha em que aconteceu o acidente, mas prometeu uma investigação, o que estava sendo realizado nesta segunda-feira, 7. “Pode haver duas razões (que explicam o acidente): uma falha mecânica ou um ato de sabotagem”, declarou Saad. Na hora do acidente, ocorrido perto da estação Sahara, na altura da cidade de Nawabshah, na província de Sindh, mais de mil pessoas viajavam no Hazara Express. Alguns moradores da região afirmaram que a linha foi afetada pelas inundações provocadas pelas chuvas de monção, que deixaram um terço do país inundado há alguns meses.
Diante do elevado número de feridos, os hospitais da região foram obrigados a declarar estado de emergência. O trem seguia de Karachi, cidade portuária e a mais populosa do Paquistão, no extremo sul do país, para Havelian, quase 1.600 km ao norte. A viagem acontece diariamente e dura quase 33 horas. Os acidentes ferroviários são comuns no Paquistão, que herdou quase 7.500 quilômetros de trilhos e trens do período colonial sob o Império Britânico, mas que nunca priorizou a manutenção. Um plano de modernização da rede está em curso, no âmbito do gigantesco corredor econômico China-Paquistão. Em junho de 2021, ao menos 65 pessoas morreram e 150 ficaram feridas na colisão de dois trens – um deles acabara de descarrilar – no sul do país. Em outubro de 2019, 75 passageiros morreram queimados em um incêndio a bordo de um expresso Tezgam e em 2005 a colisão de dois trens em Ghotki matou mais de 100 pessoas.
Fonte: Jovem Pan News
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