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Deputado Evair Vieira de Melo diz que prisão de Silvinei Vasques é ‘cena midiática’: ‘Nenhuma necessidade’

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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta-feira, 9, em investigação sobre o uso da máquina pública para interferir no resultado das eleições de 2022. Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP) criticou a prisão de Vasques, que classifica como desnecessária: “Na questão do Silvinei, é óbvio que tem um exagero da ação policial, não vou questionar. Mas não há nenhuma necessidade, até porque tem endereço conhecido, já apresentou as informações disponíveis e passa-se a impressão de que é mais uma cena midiática para tentar ofuscar efetivamente os atos do dia 8”. Ele chefiava a PRF quando, ainda sob a presidência de Jair Bolsonaro (PL), foram realizadas operações com bloqueios em estradas no dia do segundo turno de votação, em 30 de outubro. Segundo a Polícia Federal, as blitz teriam sido planejadas desde o início de outubro de 2022 e direcionadas à região Nordeste para atrasar a chegada de ônibus com maioria de eleitores do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às seções eleitorais.

De acordo com o deputado, esta hipótese não seria real, já que a PRF realizou ações em diversos municípios ao redor do Brasil com maioria bolsonarista: “A Polícia Rodoviária Federal cumpriu o seu papel. Vocês imaginam se tivesse acontecido uma tragédia ou um acidente que poderia ser evitado por uma possível investigação da Polícia Rodoviária Federal. Isso também seria debitado na conta da PRF. Conheço as operações da PRF, que se intensificaram por todo o Brasil. Anderson Torres ontem disse que recebeu o relatório de observação e atenção em todos os municípios do Brasil onde Bolsonaro ou Lula tiveram mais de 70% dos votos. Não foi só de Lula, foi de Lula e Bolsonaro”. Silvinei foi preso em Florinanópolis (SC) pela Operação Constituição Cidadã da PF, que cumpre um total de 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.

Nesta terça-feira, 8, a CPMI ouviu o depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, que negou suposta tentativa do governo Bolsonaro de influenciar o resultado da eleição. Para Evair Vieira de Melo, o ex-ministro conseguiu esclarecer os fatos na CPMI: “Mesmo tendo a prerrogativa de ficar em silêncio, já iniciou respondendo à todas as perguntas nos mínimos detalhes. Surpreendeu a base do governo Lula, que estava preparada para um massacre. Tendo em vista que esperavam que o Anderson ficasse em silêncio e aí eles iam montar uma retórica de massacre”.

“Anderson Torres respondeu com serenidade, com conhecimento, desmascarou todas as mentiras, inverdades, factoides e fake news, que o governo Lula e sua base prepararam. Foi realmente muito importante (…) Deixou muito claro que a incompetência para evitar os atos do dia 8 ficou no colo do Governo Federal, uma vez que ele mesmo sustentou as informações preliminares que ele coletou e não teve nenhuma reação do Governo Federal. Omissão do Ministério da Justiça, omissão da Polícia Federal e omissão do GSI”, declarou o deputado. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

Fonte: Jovem Pan News

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