A poeira está em todo lugar, até na EEI (Estação Espacial Internacional). O problema – no caso, para astronautas – é que a poeira da Estação tem potencial nocivo maior do que a encontrada em nossas casas. É o que revelou um novo (e pioneiro) estudo, publicado nesta semana na revista científica Environmental Science and Technology Letters.
Para quem tem pressa:
O grupo – com cientistas da Universidade de Birmingham (Reino Unido) e NASA (EUA) – dizem que suas descobertas podem orientar o projeto e a construção de futuras espaçonaves.
Nossas descobertas têm implicações para futuras estações espaciais e habitats, onde pode ser possível excluir muitas fontes contaminantes por meio de escolhas cuidadosas de materiais nos estágios iniciais de projeto e construção.
Stuart Harrad, professor da Universidade de Birmingham
Poeira da EEI no microscópio
Os pesquisadores analisaram uma amostra de poeira dos filtros de ar internos da EEI. Nela, eles encontraram níveis de contaminantes orgânicos superiores aos valores médios encontrados nos lares dos EUA e da Europa Ocidental.
Os contaminantes encontrados na “poeira espacial” incluíam:
Embora as concentrações de contaminantes orgânicos descobertos na poeira da ISS geralmente excedam os valores médios encontrados em residências e outros ambientes internos nos EUA e na Europa Ocidental, os níveis desses compostos geralmente estão dentro da faixa encontrada na Terra.
Stuart Harrad, professor da Universidade de Birmingham
Os cientistas acreditam que o uso de itens “comercialmente disponíveis” trazidos a bordo para uso pessoal dos astronautas – por exemplo: câmeras, tablets, dispositivos médicos e roupas – são fontes possíveis de muitos dos produtos químicos detectados.
O ar dentro da EEI é recirculado constantemente com oito a dez trocas por hora. Embora ocorra a remoção de CO2 e vestígios de contaminantes gasosos, o grau em que isso remove produtos químicos é desconhecido.
Fonte: Olhar Digital
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