Com força máxima a partir desta quinta-feira (10) e pico previsto para a madrugada de domingo (13), a chuva de meteoros Perseidas está ativa desde o dia 17 de julho e deve cessar no fim de agosto. Esse fenômeno ocorre enquanto a Terra passa pelo caminho das partículas do cometa 109P/Swift-Tuttle, na constelação de Perseus.
Aqui no Brasil, a vista não é tão espetacular quanto nos países do hemisfério norte, mas é possível testemunhar algumas estrelas cadentes após a 1h30 da manhã (especialmente nas regiões norte e nordeste). A chuva permanece ativa até o amanhecer, por volta das 6h, quando seu ponto radiante está mais alto no céu. Assim, as melhores exibições, para todo o país, ocorrem pouco antes desse horário (a partir das 3h30).
No seu auge, espera-se que a chuva produza uma taxa nominal – também chamada de taxa de hora zenithal (ZHR) – de cerca de 100 meteoros por hora. No entanto, esse número é calculado assumindo um céu absolutamente limpo e escuro, com o ponto radiante situado no zênite (ponto mais elevado no céu, acima das nossas cabeças).
Como no Brasil o radiante dessa chuva não se eleva muito no céu (já que Perseus é uma constelação do Hemisfério Norte), e como tais condições são quase impossíveis de se combinarem entre si, o número de meteoros que os observadores provavelmente verão será, portanto, menor do que isso.
Estima-se que, durante o pico, será possível aos observadores do hemisfério norte ver algo entre 50 e 75 meteoros por hora. Por aqui, esses números caem pela metade.
Quantos meteoros poderão ser vistos na sua região
Na tabela abaixo, elaborada pela Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) com base nas informações da Organização Internacional dos Meteoros (IMO), estão as taxas máximas de ocorrências estimadas para cada capital brasileira.
De acordo com Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Bramon, este ano, como a Lua estará no fim de sua fase minguante, ela não deve atrapalhar muito a observação dos meteoros, como aconteceu em 2022, quando ela estava cheia. “Com a lua cheia, a visibilidade é reduzida para até 25% do número estimado para cada localidade”.
Embora a constelação de Perseus se manifeste a nordeste no céu, Zurita explica que não é necessário mirar nesse sentido, já que os meteoros devem aparecer por toda parte.
“Para aumentar as chances de ver muitos meteoros durante a noite, o ideal é procurar um local escuro, longe da poluição luminosa das grandes cidades”, orienta. “Se possível, deitar em uma área aberta, com acesso a uma grande região do céu e evitar as telas de celular para permitir que a vista se adapte às condições de baixa luminosidade. Aí, é só esperar os meteoros!”.
E aí, pretende seguir as dicas do nosso colaborador? Vai que, de repente, pelo menos uma estrela cadente apareça para compensar – e, como manda a tradição, você consiga fazer um desejo.
Fonte: Olhar Digital
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