Pesquisadores já fizeram todo tipo de loucura em nome da ciência – algumas delas, inclusive, renderam descobertas revolucionárias. No entanto, quando cientistas submeteram um salmão morto a uma ressonância magnética para verificar a forma que os dados do procedimento eram analisados, eles mal imaginaram que o resultado poderia mudar o campo da neurociência.

Ressonância magnética

Salmão
Quem diria que um salmão mudaria a ciência, hein? Imagem: slowmotiongli/Shutterstock

Qual o problema disso

No entanto, há um problema com o exame: a ressonância magnética é direcionada para resolver ou desvendar um tipo de questionamento, normalmente sobre a saúde do paciente. É isso que norteia as instruções ou perguntas feitas pelo médico.

Porém, o resultado depende de análise estatística e também da quantidade de dados coletados. Ou seja, a chance da interpretação da máquina resultar em um falso positivo ou negativo é grande.

Tal fato preocupou o pesquisador Craig Bennett. Segundo o site IFLScience, foi assim que ele resolveu estudar mais sobre o assunto e entender como a análise de dados pode ser mais bem aplicada nos resultados da ressonância magnética.

Enfim, o salmão morto na máquina de ressonância magnética

Mão de médico sobre monitor com imagens de tomografia de cérebro
Atividade cerebral do peixe morto surpreendeu pesquisadores… mas não foi bem isso que aconteceu (Imagem: Getty Images)

O que isso significa?

O salmão não necessariamente analisou as imagens de verdade. O que a experiência quis mostrar é que há falhas nas interpretações dos resultados de uma ressonância magnética funcional.

Apesar de absurdo, a descoberta levou os pesquisadores a publicar um artigo científico sobre o assunto, alertando para a questão e provocando o campo da neurociência. O trabalho os rendeu um Prêmio Ig Nobel em 2021.

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