Tudo começou com o Big Bang, uma violenta “explosão” de uma partícula muito densa e extremamente quente que teria dado origem ao Universo há cerca de 14 bilhões de anos. Isso é o que dizem as teorias mais aceitas na astronomia sobre o surgimento e a evolução do cosmos.
No entanto, recentes descobertas feitas pelo Telescópio Espacial James Webb podem revelar que, na verdade, a história começou muito antes disso: há quase 27 bilhões de anos, o que é praticamente o dobro da idade presumida.
Seja como for, tudo isso é estudado por um ramo da astronomia chamado cosmologia, que se baseia nesse conceito de uma inflação inicial e consequente expansão do Universo, impulsionada por algo que ainda não é totalmente compreendido pela ciência: a energia escura.
Na verdade, embora represente mais de 70% da composição do Universo (que tem somente 5% de sua massa constituída de matéria ordinária e cerca de 25% de matéria escura), a energia escura é um dos maiores mistérios cósmicos.
Para falar sobre tudo isso, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11) vai receber o professor Carlos Alexandre Wuensche de Souza. Graduado em física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ele é mestre em astrogeofísica e doutor em cosmologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com estágio sanduíche na Universidade da Califórnia, Santa Barbara.
É também pesquisador titular de astronomia do Inpe, atuando principalmente nos seguintes temas: cosmologia, emissão galáctica em microondas, instrumentação em radioastronomia e radiação cósmica de fundo (RCF), com participação em diversos projetos internacionais ligados a este último há mais de 50 anos.
Atualmente, Wuensche é chefe da Divisão de Astrofísica do Inpe (DIAST) e da linha de pesquisa em cosmologia da DIAST, além de pesquisador principal do projeto BINGO.
Sigla em inglês para Oscilações Acústicas de Bárion de Observações Integradas de Gás Neutro, BINGO será o maior radiotelescópio do Brasil, tendo como principal objetivo ajudar a compreender a natureza deste grande enigma chamado energia escura.
Como assistir ao Programa Olhar Espacial
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e TikTok, além do canal por assinatura Markket (611-Vivo, 56 -Sky e 692-ClaroTV).
Fonte: Olhar Digital
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