Se você tomasse conhecimento de que um carro que está prestes a comprar acabou de escapar de um incêndio de grandes proporções, seguiria com o negócio? Esse é um dilema que montadoras de luxo, como a BMW, Mercedes-Benz e Rolls-Royce, terão de enfrentar. Isso porque, no dia 25 de julho, um incêndio assolou o navio transportador de automóveis Fremantle Highway, deixando uma pessoa morta. Além disso, o fogo destruiu a maior parte dos veículos de luxo no interior.

No entanto, alguns saíram preservados do ocorrido. Agora, as marcas terão de decidir o que farão com eles. É o que informa o UOL.

Relembre o incêndio

Navio foi rebocado a tempo de não afundar (Imagem: Reprodução/Dutch Coast Guard)

Carros que escaparam do incêndio

O que fazer com esses 800 carros que sobreviveram ao incêndio? Aposentá-los ou vendê-los sem contar sobre o ocorrido? Esse é o dilema das montadoras agora.

De acordo com o economista americano Patrick Anderson, em entrevista ao Automotive News, eles não poderão mais ser vendidos como novos nos Estados Unidos, apesar de serem zero quilômetro.

Nenhum veículo que tenha sofrido algum tipo de dano causado pelo fogo ou pela água usada pelos bombeiros para apagá-lo poderá ser vendido como ´novo` nos Estados Unidos. No mínimo, estes carros terão que ser vendidos como equivalentes a veículos usados, já que passaram por situações que nenhum carro saído da fábrica passaria.

Patrick Anderson

Suspeita é que o fogo teria começado por uma falha na bateria de lítio de um modelo elétrico (Imagem: Reprodução/Dutch Coast Guard)

Dilema das montadoras

A única montadora que se pronunciou até agora foi a Rolls-Royce.

A marca, conhecida por seus modelos exclusivos e entre os mais caros do mundo, revelou que já avisou os compradores dos veículos e que irá substituir todos os modelos no navio (até os que não foram afetados pelo fogo).

Esse não é o primeiro caso de um incêndio supostamente causado por um problema em um modelo elétrico e a segurança desses veículos já virou debate no setor.

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