Os motociclistas acharam um jeito de “vacinar” seus veículos contra roubos e furtos. A ideia da “vacina antifurto” é deixar as motos menos atraentes para os criminosos. E pelo visto tem dado certo.

Para quem tem pressa:

A colunista Paula Gama, do Uol, escreveu que foi a sensação de insegurança que levou os motociclistas a aderirem à nova tendência.

Para você ter uma ideia, só no estado de São Paulo, o número de roubos e furtos de motos aumentou quase 30% nos primeiros quatro meses de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022, segundo a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública (SSP-SP).

‘Vacina’ para motos

Moto que tomou vacina antifurto
(Imagem: Reprodução/redes sociais)

O principal objetivo da “vacina antifurto” – que custa entre R$ 150 e R$ 220 – é barrar a venda ilegal de peças. No caso das motos, essa costuma ser a intenção por trás tanto do roubo quanto do furto.

Trata-se de uma máquina que grava o número da placa ou do chassi em todas as peças removíveis da moto. Isso impede o bandido de vender essas peças no futuro.

Edgar Francisco da Silva, o “Gringo”, presidente da AMABR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), em entrevista ao Uol

Outra parte da, digamos, imunização é deixar claro que o veículo está “vacinado”. Para isso, a empresa coloca adesivos refletivos nas peças. “Assim, o ladrão olha de longe e desiste de furtar a moto”, disse Silva.

O presidente da entidade também contou que a “vacina” se tornou praticamente obrigatória para quem trabalha com moto na região metropolitana de São Paulo.

Existe “imunização” para carros e caminhões também. É o mesmo procedimento. Porém, acaba sendo mais eficiente para motos porque as peças ficam mais expostas. Daí a popularidade maior entre os veículos de duas rodas.

Imunização

Moto que tomou vacina antifurto
(Imagem: Reprodução/redes sociais)

A tal “vacina” funciona por conta do que rola após um criminoso roubar a moto para revender suas peças.

Quando o ladrão entrega a moto vacinada ao receptador, ele se nega a receber, porque sabe que não vai servir para nada. A gravação do chassi é a prova de que a peça é produto de crime, mesmo que ele raspe o número. Quando um órgão de trânsito fiscalizar a moto, vai saber.

Rodrigo Boutti, consultor de segurança pública, em entrevista ao Uol

Até proprietários de frotas têm investido na “vacina antifurto”. Por exemplo, a empresa Motoca, especializada em aluguel de motocicletas, pagou para “imunizar” sua frota inteira – que, no total, conta com 900 motos.

Para o presidente da AMABR, “é um investimento pequeno em relação ao benefício”.

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