“Oppenheimer”, filme mais recente de Christopher Nolan, não chegou às telonas no Japão. E talvez nunca chegue. Enquanto memes de Cillian Murphy (que interpreta o físico J. Robert Oppenheimer) e Margot Robbie (“Barbie”) tomavam conta das redes sociais no Ocidente, o país prestava homenagens no 78º aniversário dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. Por lá, o filme de Nolan causa consternação, segundo o The Economist.
Para quem tem pressa:
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Apesar disso, alguns no Japão querem que “Oppenheimer” seja lançado por lá – que é o terceiro maior mercado para cinema, atrás apenas dos EUA e da China. O ativista antinuclear Tanaka Miho, por exemplo, diz que o filme oferece “uma oportunidade para pessoas de todo o mundo pensarem sobre o legado dos atentados”.
Com a guerra entre Rússia e Ucrânia aparentemente longe de acabar, o tema do desarmamento nuclear ainda é urgente. Tanto que o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou que “os tambores da guerra nuclear estão a bater mais uma vez” durante sua declaração, lida no Memorial da Paz de Hiroshima.
‘Oppenheimer’ e controvérsias
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A bomba atômica foi lançada e o clima no Laboratório de Los Alamos, nos EUA, é de júbilo. J. Robert Oppenheimer, o físico estadunidense responsável pela criação da arma, aparece diante de seus colegas entusiasmados.
É muito cedo para dizer quais são os resultados desse bombardeio. Mas aposto que os japoneses não gostaram.
Fala de Oppenheimer no filme homônimo, dirigido por Christopher Nolan
Estima-se que 210 mil pessoas morreram em Hiroshima e Nagasaki. E cerca de 113 mil que foram expostos à radiação dos bombardeios ainda estão vivos.
No entanto, “Oppenheimer” foca mais na perspectiva do cientista e menos na destruição causada pelas bombas. E explora de maneira rápida e ambígua o pesar do cientista sobre isso, principalmente após o bombardeio.
Até a publicação desta nota, a bilheteria mundial de “Oppenheimer” tinha ultrapassado US$ 550 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões). Apesar de suas controvérsias, o longa é, atualmente, o filme relacionado à Segunda Guerra Mundial de maior bilheteria.
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Fonte: Olhar Digital
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