Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Tecnologia baseada em IA ajuda na proteção de animais

Raposa, um dos animais no Reino Unido

No Reino Unido, pesquisadores estão usando uma tecnologia baseada em inteligência artificial (IA) para identificação e monitoramento em larga escala de animais na natureza. A ideia tem como um dos principais objetivos ajudar especialistas em conservação ambiental a lidar com a diminuição da biodiversidade por lá.

Essa tecnologia, promovida pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL), é composta por câmeras e microfones alimentados por um sistema de aprendizado de máquina do Google. Ela captura sons e imagens e, além de identificar os animais, mapeia o ambiente, fornecendo aos profissionais milhares de dados e horas de áudio essenciais para os trabalhos de preservação.

Identificação e monitoramento abrangente de animais

Diversas aves foram reconhecidas por seus cantos, enquanto raposas, veados, ouriços e morcegos foram identificados por análise de inteligência artificial. Detalhe: não há participação de observadores humanos no processo in loco.

O enorme volume de operação e geração de dados é um ponto crucial destacado pelos pesquisadores. Segundo Anthony Dancer, especialista em conservação da ZSL, essa grande escala só foi possível através do uso da IA, já que seria inviável realizar o mesmo trabalho somente com observadores humanos.

Testes bem-sucedidos

Os locais de teste escolhidos para o projeto foram terrenos próximos a linhas ferroviárias em Barnes, Twickenham e Lewisham, em Londres. Essas áreas foram cercadas para evitar o acesso de pessoas. Apenas equipes de manutenção podem entrar nos locais, que pertencem à Network Rail, parceira do projeto.

Para Neil Strong, gerente de estratégia de biodiversidade da empresa pública de rede ferroviária, essas áreas são muito importantes na proteção da vida animal e vegetal do país. São mais de 52.000 hectares de terra próximos às linhas de trem servindo de moradia para as mais diversas espécies.

Com a IA, foi possível obter dados muito importantes de animais como o sabiá-laranjeira, o melro e o chapim-real (aves que, na natureza, precisam de bons suprimentos de bagas e nozes). A tecnologia capturou sinais acústicos a partir de sensores em todos os locais de teste.

Agora, o projeto pretende expandir a atuação no Reino Unido, para além das áreas da Network Rail. Conforme explica Dancer, a expectativa é que a tecnologia dê informações sobre como as espécies estão se movendo em resposta às mudanças climáticas e como devemos administrar a vegetação, não apenas ao lado das ferrovias, mas também nas margens das estradas e em outros lugares.

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Imagem: Dmitry Demidov / Pexels / CC

ViaThe Guardian

Fonte: Olhar Digital

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