Acostumada a criar tendências, a Amazon se viu ficando para trás de concorrentes, como Google e Microsoft, na área de inteligência artificial. No entanto, a empresa não pretende continuar assim e está trabalhando em dois microchips de IA para treinamento e aceleração da tecnologia para seus clientes. A novidade segue o modelo de linguagem próprio da Amazon e espera-se que a Big Tech recupere o tempo perdido.
Chips de IA generativa da Amazon
A Amazon está desenvolvendo dois microchips personalizados, chamados Inferentia e Trainium, para clientes Amazon Web Services (AWS), um braço de serviços de computação em nuvem da empresa.
Ambos são aceleradores de treinamento de IA generativa nas placas de vídeo dos computadores Nvdia, que contam com alta performance e aprendizado profundo (Deep Learning ou DL, em inglês).
Segundo Chirag Dekate, analista vice-presidente da empresa de consultoria Garnet, à CNBC, o diferencial da tecnologia em relação às inovações de outras big techs são as capacidades técnicas dos chips. Outros destaques são a experiência da Amazon, que está no setor desde 2015, quando comprou a startup israelense de chips Annapurna Labs, e o material do objeto, feito de silício personalizado pela empresa.
Contexto da inteligência artificial
Amazon demorou demais e agora corre atrás do prejuízo
A empresa demorou para entrar no setor da IA e, segundo Dekate, é porque não está acostumada a correr atrás do prejuízo.
A Amazon não está acostumada a perseguir mercados. A Amazon está acostumada a criar mercados. E acho que pela primeira vez em muito tempo, eles estão se encontrando em desvantagem e estão trabalhando para recuperar o atraso.
Chirag Dekate, analista vice-presidente da Garnet, à CNBC
No entanto, segundo o executivo, os microchips de silício em desenvolvimento pela Amazon podem dar uma nova vantagem à empresa em IA generativa a longo prazo.
Para que servem os chips de IA
Amazon pode ultrapassar os concorrentes?
Por enquanto, os chips da própria Nvidia ainda são os mais atrativos do mercado em relação à integração e custo-benefício, mas ainda há tempo para a AWS alcançá-la.
Isso porque, segundo Dekate, a Amazon já tem uma base forte nos sistema em nuvem e pode investir em IA. O foco não seria dominar o mercado, mas sim oferecer outras opções no setor de alta qualidade e rendimento no campo da IA generativa.
Fonte: Olhar Digital
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